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domingo, 19 de junho de 2011

Luiz Carlos Prestes

A 3 de janeiro de 1898. Nascia Luís Carlos Prestes, filho de Antônio Pereira Prestes (capitão do Exército) e de Leocádia Felizardo Prestes (professora primária). Em 1904, a família teve que mudar-se para o Rio de Janeiro. Antônio Prestes precisava tratar de sua saúde, mas veio a falecer em 1908, quando Luís Carlos tinha 10 anos. Assim, este não recebeu nenhuma influência do pai, mas a mãe marcou profundamente sua personalidade. A infância de Prestes foi pobre. Estudou em casa com a mãe até conseguir entrar para o Colégio Militar, em 1909. Após terminar os estudos neste colégio, foi para a Escola Militar, onde o soldo que ganhava dava à família. Sua dedicação à mãe e às irmãs era notável. Saiu aspirante 1918, continuando na Escola Militar em 1919 para completar o curso de Engenharia. Em 1920 colou grau como bacharel em Ciências Físicas, Matemáticas e Engenharia Militar, sendo promovido a segundo-tenente. Como fora o melhor aluno, pôde escolher onde servir e optou por continuar no Rio de Janeiro, na Companhia Ferroviária. Promovido a primeiro-tenente, tornou-se auxiliar de instrução na Seção de Engenharia da Escola Militar, mas demitiu-se por falta de material para executar seu trabalho. Voltando à Companhia Ferroviária, Prestes tomou conhecimento, em 1921, das "cartas falsas" de Artur Bernardes, que dariam motivo para a primeira revolta tenentista. Indignado com as ofensas aos militares do então candidato à Presidência da República, Luís Carlos começou a freqüentar as reuniões do Clube Militar. Nesta época, Prestes já possuía traços de sua forte personalidade.
    Os problemas familiares e a dedicação à mãe privaram-no dos prazeres da infância e da adolescência. Mas o que o diferenciou dos que viveram esta situação também foi sua aceitação tranqüila das dificuldades. Isso lhe deu um caráter marcante que o ajudaria futuramente a suportar situações dramáticas. Participando das conspirações tenentistas desde o início, Luís Carlos foi impedido de comparecer à primeira revolta, em julho de 1922, devido a um ataque de tifo. Já em novembro de 1922, como punição por sua simpatia aos revoltosos, Prestes foi transferido para o Rio Grande do Sul para fiscalizar quartéis. Em Santo Ângelo, deu início, com o levante do Batalhão Ferroviário, ao movimento que iria se transformar na marcha da coluna que levou seu nome. Em 1926, quando a Coluna Prestes se asilou na Bolívia, Luís Carlos - que fora chamado de "Cavaleiro da Esperança" - começou a estudar o marxismo.

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