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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Lixo eletrônico


As difundidas "Bandas de Forró", entra aspas por que chamar de forró faz mal à cultura nordestina; são um retrato fiel da disseminação da Cultura do Lixo no Brasil. Ouvir música cretina é uma rotina para milhões de jovens brasileiros, Suas "letras" sempre fazem apologia ao consumo de álcool e a prostituição.

Tem rapariga aí? Se tem levante a mão. E a maioria das mulherem levantam as mãos.
Veja o que disse Ariano Suassuna sobre isso:

Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda (que se diz de forró) utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, de todas as bandas do gênero). As outras são "gaia", "cabaré", e bebida em geral, com ênfase na cachaça.

Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste pernambucano (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam).

Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de "forró", e Ariano exclamou:
"Eita que é pior do que eu pensava".
Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Arrisco-me a dizer alguns títulos, vamos lá:
Calcinha no chão (Caviar com Rapadura); Zé Priquito (Duquinha); Fiel à ******* (Felipão Forró Moral); Chefe do puteiro (Aviões do forró); Mulher roleira (Saia Rodada); Mulher roleira a resposta (Forró Real); Chico **** (Bonde do Forró); Banho de língua (Solteirões do Forró); Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal); Dinheiro na mão; calcinha no chão (Saia Rodada); Sou viciado em ******* (Ferro na Boneca); Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró); Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).
Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém a culpa desta "esculhambação" não é exatamente das bandas ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo.
O buraco é mais embaixo...
Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa!!!

Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção.

Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!?!?!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é "E vou dá-lhe de cano de ferro!", alguma coisa está muito doente.

Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.
Ariano Suassuna.

Será de grande importância para o Brasil a implantação do ensino da Cultura nas escolas de educação básica do país, ou então corremos o risco de mergulhar em um caos de degradação social e moral sem precedentes.

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