As Nações Unidas alertaram nesta terça-feira (30/08) que mais de 200 mil pessoas afetadas pelo recente combate no estado de Kordofan do Sul, no Sudão, enfrentam níveis potencialmente catastróficos de desnutrição e mortalidade depois de o Governo ter cancelado, na semana passada, uma missão de avaliação de necessidades humanitárias essenciais. Há seis semanas tem-se negado autorização para que agências reponham estoques e enviem funcionários à região.
“A crise em Kordofan do Sul alcançou um ponto crítico”, afirmou a Subsecretária-Geral para Assuntos Humanitários, Valerie Amos. “Suprimentos essenciais foram completamente esgotados em muitas partes de Kordofan do Sul, deixando muitas pessoas em situação de risco de morte sem qualquer perspectiva de alívio.”
“O Governo do Sudão e o Exército de Libertação do Povo do Sudão-Norte devem retirar as restrições às organizações humanitárias para que elas possam prover assistência efetiva e em tempo aos necessitados”, declarou Amos. “A menos que a ajuda chegue em quantidade suficiente agora, as consequências serão severas.”
Relatório preliminar produzido pela ONU no começo de agosto descreve uma ampla gama de violações do direito internacional na capital do estado, Kadugli, e na região das montanhas de Nuba – incluindo matança extrajudicial, prisões arbitrárias e ilegais, desaparecimentos forçados, ataques contra civis, saques a residências, destruição de propriedade, deslocamento massivo e bombardeio aéreo.
ONU Brasil
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