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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mundo deve financiar combate à epidemia de fome na Somália para evitar morte de uma geração, adverte ONU


Milhares de somalis deixaram o país para escapar da fome.
Líderes africanos convocaram hoje (25/08) em Addis Abeba, capital da Etiópia, uma conferência para angariar fundos para o combate à epidemia de fome na Somália, onde dezenas de milhares de pessoas já morreram e 3,2 milhões estão desnutridas. ”Se não respondermos, as consequências vão reverberar por anos. Seremos questionados como ficamos assistindo uma geração morrer, como permitimos que uma crise se transformasse numa catástrofe quando poderíamos tê-la impedido”, declarou a Vice-Secretária-Geral das Nações Unidas, Asha-Rose Migiro, no evento.
Migiro observou que comunidades já haviam sido quebradas e uma geração de órfãos serão as cicatrizes da fome para o resto de suas vidas. Ela destacou as múltiplas facetas da crise, incluindo a saúde pública, com doenças como cólera e sarampo ameaçando se espalhar por toda Mogadíscio, capital da Somália, e outras áreas do país. “Devemos fazer de tudo para assegurar que as comunidades afetadas tenham água potável, medicamentos e material de higiene suficientes para parar a propagação.”
“Esta é também uma crise de proteção, onde as mulheres enfrentam a ameaça de estupro em campos superlotados, onde as crianças órfãs estão perdidas e assustadas, sem sentido de futuro, onde os refugiados são mortos por grupos armados e bandidos durante sua longa caminhada para um local seguro”, afirmou ela. Além de ser uma crise de subsistência, na qual milhares de famílias venderam seus bens para se manterem vivas.
Desafios do governo
Migiro enfatizou a necessidade urgente de o Governo Federal de Transição assumir estes desafios para oferecer serviços básicos nas áreas que controla e receber pleno apoio da comunidade internacional de modo a exercer sua responsabilidade de proteger os civis.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alertou hoje (25) que não há financiamento adequado para os esforços de manter agricultores e pastores em suas terras para evitar o agravamento da crise. Apoio às atividades descritas no “Roteiro para a Recuperação” – um pacote de 161 milhões de dólares projetado para restaurar vidas e construir a resiliência das populações em face do clima e outros choques – recebeu apenas 57,3 milhões até o momento.

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