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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Brasil faz acordos de cooperação militar com Israel


Américo Gomes
do Instituto José Luis e Rosa Sundermann

O governo de Dilma Rousseff, que diz apoiar os Direitos Humanos, a paz e a criação de um Estado Palestino, está na contramão de um movimento mundial de isolamento da indústria militar de Israel.

O país aderiu ao Tratado de Livre Comércio Israel-Mercosul e realiza com este país negociações comerciais militares bilaterais. Incluindo aí a assinatura de tecnologia bélica, tecnologias de defesa e segurança. Além de perspectivas de que grupos israelenses de segurança atuem durante a Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.

Vale lembrar que todos os equipamentos e treinamentos de segurança israelense são testados em ataques contra os civis palestinos. Veículos, armas e coletes foram usados amplamente nos ataques aos palestinos de Gaza em 2008 e 2009, na Operação Chumbo Fundido.

Uma das grandes indústrias de armamentos de Israel, a Elbit Systems, assinou contratos de cooperação com as Forças Armadas brasileiras. A Elbit é uma das maiores empresas privadas de tecnologia militar, responsável pela instalação de aparelhos no Muro do Apartheid em torno de Jerusalém e do fornecimento de uma variedade de equipamentos para a Marinha e a Força Aérea, incluindo drones (aviões não tripulados). Esses aviões mataram pelo menos uma centena de civis na Faixa de Gaza e dezenas no Afeganistão e Paquistão.

Sua subsidiária brasileira, AEL Sistemas, formou uma joint venture com a Embraer, voltada a sistemas de aeronaves não tripuladas e simuladores, para fins militares e civis. É a Harpia Sistemas, sediada em Brasília, da qual a Embraer Defesa e Segurança detém 51%, o restante pertence à AEL. 

O presidente-executivo da Elbit Systems, Joseph Ackerman, disse que a joint venture representa um marco para as operações de longo prazo da Elbit no Brasil. 

Porto Alegre também passou a abrigar instalações da Elbit Systems, que atua na área de tecnologia militar. O TLC transforma o Brasil em porta de entrada da indústria armamentista de Israel na América Latina.

Com isso o governo brasileiro fortalece a indústria de armamento israelense. E as guerras, ocupação e colonização israelenses continuam a ser um negocio lucrativo.

Campanha por boicote a Israel
Será lançada na próxima terça-feira, dia 20 de setembro, às 18h30, na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, a campanha por Boicotes, Desinvestimento e Sanções ao apartheid de Israel no Brasil. 

Em iniciativa conjunta da Frente em Defesa do Povo Palestino e da Frente Palestina da USP. A exigência é que o governo brasileiro:

a) Rompa unilateralmente com o Tratado de Livre Comércio Israel-Mercosul;

b) Retire imediatamente o posto das Forças Armadas Brasileira em Israel;

c) Cancele todos os contratos das Forças Armadas com empresas israelenses;

d) Exclua as empresas israelenses de participar de quaisquer concorrências públicas;

e) Vete a instalação de empresas israelenses em território nacional ou mesmo a aquisição de empresas nacionais por capitais israelenses; 

f) exclua as empresas israelenses de contratos para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.

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