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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Em São Paulo, 5 mil trabalhadores dos Correios em greve fazem manifestação


Apesar da intransigência da direção da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) em negociar e do anúncio de corte de ponto realizada pelo ministro das Comuniações Paulo Bernardo, a greve dos trabalhadores dos Correios continua forte em todo o país, envolvendo os 35 sindicatos que compõem a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores da ECT).

Na tarde desse dia 23 de setembro, cerca de 5 mil funcionários dos Correios marcharam por São Paulo, tingindo de amarelo e azul as ruas do centro da cidade. “Ah, eu tô de greve, ah eu tô de greve”, cantavam os manifestantes. A passeata partiu do prédio da empresa próximo ao Anhangabaú e percorreu as ruas do centro, passando pelo viaduto do Chá e o calçadão até retornar ao prédio dos Correios, já ao final da tarde.

Nas faixas e cartazes, a denúncia da aprovação da MP 532, que abre o capital dos Correios, aprovada recentemente pelo Congresso com os votos do PT e PCdoB. “Governo entrega os Correios às multinacionais”, dizia uma das faixas. “Paulo Bernardo, vagabundo é você”, denunciava um cartaz, referindo-se às recentes declarações do ministro, no dia em que anunciou o corte dos salários dos trabalhadores grevistas. 

Governo continua intransigente
Em greve desde o dia 12 de setembro, os funcionários dos Correios esbarram na intransigência e autoritarismo do governo, que se nega a negociar e, além de cortar o ponto, exige que os trabalhadores voltem ao trabalho para abrir negociação. Já a atual proposta da ECT, após apresentar uma que sequer repunha a inflação, representa um reajuste real de apenas R$ 50, a ser pago apenas em janeiro de 2012. A proposta caiu como uma provocação na categoria, e só aumentou a revolta dos trabalhadores dos Correios.


No último dia 22 os funcionários fizeram uma contraproposta, exigindo aumento real já e nenhum desconto dos dias parados ou retaliação aos grevistas. Entre as principais reivindicações apresentadas está a reposição da inflação, piso de R$ 1.635 e R$ 200 de aumento linear.

“O governo recebeu a contraproposta hoje (23) mas já rejeitou, então as negociações continuam paradas”, explica Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, dirigente da FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios), oposição à direção da Fentect.


“O desafio agora é manter a greve, que continua forte nacionalmente,um movimento amplo que ocorre a partir da base e empurra as suas direções, e os trabalhadores não vão arredar o pé enquanto não houver negociação” , enfatiza Geraldinho. 


PSTU

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