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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

No Ceará, professores enfrentam governo com a maior greve dos últimos anos


No estado do Ceará, os professores da rede pública estão em greve desde o dia 5 de agosto e fazem uma das maiores mobilizações dos últimos anos. Como em outros estados, os trabalhadores da educação exigem a aplicação da lei do Piso Nacional. E como em outros estados, batem de frente com a truculência e intransigência do governo, no caso o governo de Cid Gomes (PSB). Além de não negociar com os professores, o governador ataca a categoria na imprensa e dá declarações como“quem entra na atividade pública deve entrar por amor, não por dinheiro” 
O estado que conta com o 5º pior piso nacional ainda sofre com a precária estrutura nas escolas e salas superlotadas. “Nossa greve está muito forte, com uma grande participação da base”, afirma Nivânia Menezes, do Comando de Greve e da CSP-Conlutas. “No início da greve, o governo tinha uma proposta que, além de não aplicar o piso, ainda atacava nosso Plano de Carreira”, explica. A proposta do governo ficou conhecida na categoria como 'tabela maldita' e apostava na divisão da categoria para derrotar a mobilização. 

A força do movimento, porém, vem fazendo o governador recuar. Na rodada de negociação imposta pela greve e realizada no último dia 22 o governo apresentou a proposta da implementação de 2 tabelas salariais, garantindo o piso aos professores de nível médio. “Nós recusamos porque isso beneficiaria apenas uma pequena parte da categoria, apenas 250 professores”, explica Nivânia. O estado conta com algo como 25 mil professores na rede estadual. Ao restante dos professores, o governador afirmou que “abriria” o Orçamento para estudar o que seria possível fazer.

A dirigente do Comando de Greve explica que não está nos planos de Cid garantir mais recursos para área e para a aplicação do piso. "O orçamento que o governo Cid pretende apresentar é o mesmo destinado atualmente à educação, ou seja, 29,5%, o que torna inviável a implantação do piso na carreira atual", diz.

Autoritarismo
Além da intransigência nas negociações e das declarações na imprensa atacando a categoria, o governo ainda ameaçou abrir processo administrativo contra os professores que insistissem em continuar em greve. Já a Justiça “orientou” o retorno dos educadores à sala de aula. 

Por mais que a direção da Apeoc, o sindicato dos professores do Ceará, ligada à CUT, venha trabalhando contra a greve, não colocando, por exemplo, a estrutura da entidade à serviço da mobilização e defendendo o retorno ao trabalho nas últimas assembleias, a base está passando por cima dessa orientação e encampando a paralisação. A assembleia do último dia 23 ratificou a continuidade da greve e nesse dia 28 os professores fazem um novo ato público no Palácio do Governo. No próximo dia 30 ocorre nova assembleia. 

”Estamos resistindo ao governo e vamos continuar lutando, pela aplicação do Piso e a repercussão na carreira” finaliza Nivânia.

VEJA O ATO DO ÚLTIMO DIA 21




PSTU

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