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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Países industrializados colocam em risco tendência de recuperação dos países em desenvolvimento


Recuperacão crise financeira de 2008
Após uma rápida recuperação pós-crise, a economia mundial está desacelerando, de cerca de 4% do crescimento do PIB em 2010 para, aproximadamente, 3% em 2011. O avanço é mais forte nas economias em desenvolvimento, que retomaram suas tendências pré-crise e estão expandindo em cerca de 6% este ano. Mas o tímido crescimento entre os países industrializados eleva o risco de contaminação para o restante da economia, afirma o Relatório de Comércio e Desenvolvimento 2011 lançado nesta terça-feira (06/09) pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
O crescimento estimado para as economias desenvolvidas está situado entre 1,5 e 2% em 2011, de acordo com o Relatório de Comércio e Desenvolvimento 2011: Desafios das políticas pós-crise na economia mundial. Desde meados de 2010, com o fim dos programas de estímulos fiscais, a fraqueza da recuperação das economias desenvolvidas veio à tona. A demanda privada por si só não é forte o suficiente para manter uma recuperação, o desemprego permanece alto e os salários estão estagnados. Além disso, o endividamento das famílias continua alto e os bancos estão relutantes em fornecer novos financiamentos.
Apesar do crescimento nos países em desenvolvimento ter se tornado mais e mais dependente da expansão de seus mercados internos, os riscos externos permanecem, como o baixo desempenho das economias desenvolvidas e a falta de reformas significativas nos mercados financeiros internacionais. Um dos canais de provável contaminação indicado pelo relatório são as exportações e um possível choque nos preços das commodities primárias.
Recuperação rápida é altamente improvável para os EUA
Na América Latina, a expansão continua sólida, em quase 5%, estimulada pelo consumo, pela demanda de investimentos e pelos ganhos nos termos de troca no comércio internacional.
Já para os Estados Unidos, o rápido retorno a uma trajetória de crescimento satisfatória é altamente improvável, diz o relatório. Na União Europeia, a renda dos assalariados e a demanda interna permanecem baixas. Com a não resolução da crise do Euro, há um alto risco de que a Zona do Euro continue a reter o crescimento global.
O estudo recomenda um maior controle do capital especulativo e pede que seja evitado o desalinhamento das taxas de câmbio.
ONU Brasil

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