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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Plenário decide sobre cinco propostas da Reforma Política


Cinco proposições apresentadas pela Comissão da Reforma Política já estão na pauta do Plenário do Senado, sendo quatro propostas de emenda à Constituição (PECs) e um projeto de lei. Estão com tramitação mais adiantada as PECs 37/2011, que reduz de dois para um o número de suplentes de senador; 38/2011, que muda a data de posse de chefes do Executivo; e 42/2011, estabelecendo que mudança no sistema eleitoral deve ser precedida de referendo.
A proposta que altera o sistema eleitoral estabelecendo o voto proporcional com lista fechada para a Câmara dos Deputados (PEC 43/2011) também aguarda inclusão na ordem do dia. A proposta enfrentou muita resistência na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que rejeitou substitutivo do relator, Romero Jucá (PMDB-RR), propondo o sistema majoritário, o chamado "distritão". A proposta foi enviada ao Plenário devido a recurso apresentado à Mesa.
Também está na pauta do Plenário o PLS 266/2011, que trata de fidelidade partidária. O texto aprovado na CCJ limita como justificativa para que um parlamentar possa deixar o partido sem perder o mandato a incorporação ou fusão de legendas; mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; e grave discriminação pessoal. De acordo com o texto aprovado, no entanto, perderá o mandato o parlamentar que deixar seu partido para ingressar em nova legenda.
O projeto foi votado em decisão terminativa na CCJ, mas foi enviado a Plenário devido a recurso nesse sentido. Já em Plenário, o projeto recebeu emenda do senador Sérgio Petecão (PMN-AC), recolocando a criação de partido na lista de causas justas para a mudança de legenda, sem perda de mandato. Antes da decisão final em Plenário, a emenda será votada na CCJ.
As propostas da reforma política estão entre as matérias prioritárias para votação no Senado, conforme manifestações do presidente da Casa, José Sarney.
Coligações
Também voltou à CCJ a PEC 40/2011, que restringe as coligações apenas às eleições majoritárias. Aprovada em junho na comissão e enviada a Plenário, a proposta foi apensada a outra (PEC 29/2007), que trata do mesmo assunto. Agora, as duas matérias estão na agenda da CCJ e o relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), apresentou voto pela aprovação da proposta de 2011 e rejeição da outra. Já o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) apresentou voto em separado pela rejeição de ambas.
Enviado à Câmara
Das 11 proposições apresentadas pela Comissão da Reforma Política, apenas o PLS 265/2011 foi aprovado em decisão terminativa e enviado à Câmara dos Deputados. O projeto impede que prefeitos e vice-prefeitos mudem seu domicílio eleitoral enquanto estiverem no exercício do mandato. A medida visa impedir que chefes do Executivo municipal usem a mudança de domicílio como forma de driblar a legislação eleitoral para tentar um terceiro mandato consecutivo.
Também o projeto (PLS 267/2011) que estabelece cláusula de desempenho para fins de funcionamento parlamentar e de acesso gratuito ao rádio e à televisão foi aprovado de forma terminativa na CCJ e pode ser enviado à Câmara. A matéria, no entanto, ainda poderá receber recurso para votação em Plenário.
O projeto inclui na Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/2005) critérios para regulamentar o funcionamento das legendas e sua participação em programas gratuitos no rádio e na televisão, normas hoje definidas em regra transitória, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Duas propostas foram rejeitadas pela CCJ e enviadas ao arquivo: a PEC 39/2011, prevendo o fim da reeleição no Executivo, e a PEC 41/2011, que determina a possibilidade de candidatura avulsa nas eleições municipais.
Também deve ir a arquivo o PLS 268/2011, que estabelece o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais. O arquivamento da matéria foi anunciado em reunião da CCJ na qual os senadores rejeitaram relatório de Aloysio Nunes (PSDB-SP), contrário ao financiamento público, e também voto em separado de José Pimentel (PT-CE), favorável ao projeto.
Indicado para elaborar o parecer da comissão registrando que foram vencidos os dois votos, Renan Calheiros (PMDB-AL) concluiu que, ao derrubar o relatório de Aloysio Nunes contra o financiamento público, a CCJ teria aprovado o PLS 268/2011, em processo de votação terminativa. Frente a reações contrárias ao relatório de Renan, o presidente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que analisará o assunto antes de submetê-lo à comissão.
Agência Senado

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