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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Fazenda admite reduzir projeção de crescimento da economia


Fazenda admite reduzir projeção de crescimento da economia
O Ministério da Fazenda admite a possibilidade de rever para baixo a projeção de crescimento da economia este ano, atualmente em 4,5%. O secretário-executivo da pasta, Nelson Barbosa, apontou que é provável que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) já esteja abaixo da estimativa do governo.
“Nossa projeção agora está sendo reavaliada. Está hoje em torno de 4%, mas acredito que o crescimento [da economia brasileira em 2011] está entre 3,5% e 4%”, disse o secretário, que ocupa interinamente o cargo de ministro da Fazenda, enquanto Guido Mantega participa da reunião do G20, na Europa.
Na segunda-feira (10), Mantega havia demonstrado preocupação com a possibilidade de que caísse o ritmo de crescimento da China, principal parceiro comercial do Brasil. “Ela [China] está diminuindo as exportações e o nosso temor é que isso, de fato, acabe comprometendo o comércio entre países emergentes que se mantêm num patamar elevado”, argumentou. 
Nesta terça (11), Barbosa fez menção ao boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central, no qual os analistas de mercado projetaram o crescimento do PIB em 3,5% neste ano e em 3,7% em 2012. Por enquanto, porém, não haverá revisão da estimativa do governo para o próximo ano, atualmente em 5%. “Esse crescimento que apresentamos é uma estimativa inicial e, até a promulgação do Orçamento, essa estimativa será revisada junto com a assessoria econômica do Congresso Nacional”, disse.
O relator de Receita do Orçamento para 2012, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), antecipou-se ao movimento e reduziu sua projeção de 5% para 4,5%. “Diante das incertezas geradas pela crise internacional e seus reflexos sobre a economia brasileira, adequamos os parâmetros estimados para 2012 a esse novo cenário econômico”, diz o parlamentar em relatório publicado nesta terça. O documento prevê ainda uma inflação mais alta, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) em 6%, acima do centro da meta do Banco Central.

Indústria também revê números

No setor privado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu sua estimativa de crescimento, agora em 3,4%, sendo 0,4 ponto percentual a menos que na análise feita no segundo trimestre. No próprio setor industrial houve a perspectiva mais forte de redução, passando de 3,2% para 2,2%.
O informe elenca três fatores para explicar a redução: a valorização do real frente ao dólar, registrada em boa parte do ano, a demanda mundial muito fraca por conta da crise econômica, e as dificuldades em competir com os importados no mercado interno. “Para reverter o cenário de perda de competitividade da indústria, é preciso reduzir urgentemente custos sistêmicos, como o tributário, de capital, de logística, de energia, de escassez de trabalho qualificado”, afirmou o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Ele ponderou que a trajetória deve passar por uma reversão no primeiro semestre de 2012 caso a taxa básica de juros continue a cair. 
Rede Brasil Atual

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