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sábado, 15 de outubro de 2011

Indignados de todo o mundo se mobilizam contra a crise


'Indignados' de todo o mundo saem às ruas de suas cidades neste sábado (15/10) para expressar sua fúria contra banqueiros, financistas e políticos, os principais acusados de arruinar a economia mundial e condenar milhões à pobreza e a dificuldades devido à sua ganância. Animados pelo movimento "Occupy Wall Street", que vem ganhando cada dia mais seguidores, manifestantes marcharão em várias partes do mundo, da Nova Zelândia ao Alasca, em cidades como Londres, Frankfurt, Roma e a própria Nova York. 
  


Austrália 



Na Austrália, centenas de pessoas protestaram na cidade de Sydney. Os manifestantes traziam cartazes com dizeres como "O capitalismo está matando nossa economia". As passeatas aconteceram também nas cidades de Melbourne, Adelaide, Perth, Townsville, Brisbane e Byron Bay. 



Segundo informações do jornal The New York Times, o clima dos protestos era tranquilo, com pessoas inclusive tocando músicas para animar a multidão. Ainda segundo a publicação, havia cerca de 800 pessoas nos protesto australiano realizado nas imediações do Banco Federal do país. 

  


Inglaterra 



As manifestações em Londres começaram com cerca de 300 pessoas que se dirigiam à Praça Paternoster, onde está localizada a Bolsa de Valores de Londres. Às 13h (horário de Brasília), a marcha já contava com cerca de 3 mil pessoas. 



O protesto começou de forma pacífica, mas a polícia da cidade prometeu agir caso os manifestantes tentassem invadir o local. Horas depois, os policiais passaram a marchar pela praça, demonstrando uma atitude mais energética. 



Algumas horas depois, surgiram no Twitter algumas mensagens de pessoas presentes nas manifestações indicando que Julian Assange, responsável pelo Wikileaks, havia sido preso pela polícia da cidade. Minutos depois, a informação foi desmentida por outros participantes do protesto. 







Segundo eles, Assange foi avisado, assim como outras pessoas, pelos policiais de que não poderia usar uma máscara que cobrisse seu rosto. A exigência foi ironizada por um advogado presente na praça. "Eles dizem que não podemos usar máscaras e ser anônimos, mas as contas suíças podem ser", afirmou Jen Robinson em sua conta no Twitter. 

"Este movimento não é a destruição da lei, mas a construção da lei", declarou Assange a respeito do Occupy Wall Street. Confira neste link a foto de Assange sendo parado pela polícia britânica, que não permitiu a utilização de máscaras. 
Às 13h10 (horário de Brasília), a Scotland Yard confirmou que duas pessoas foram detidas durantes os protestos. 


Alemanha 



Segundo a Associated Press, cerca de 5 mil pessoas protestam na cidade de Munique, em frente ao prédio do Banco Central Europeu. 



Nova Zelândia 



Houve manifestações em quatro cidades do país: Wellington, Auckland, Dunedin e New Plymouth. De acordo com informações da Radio Zew Zeland, cerca de 500 pessoas estiveram presentes nas marchas realizadas nas duas primeiras cidades. 

Bélgica 


A manifestação na capital Bruxelas partiu da estação Norte em direção à praça da bolsa de valores. Depois seguiu para o distrito onde ficam as sedes da Comissão Europeia, Conselho Europeu e Parlamento Europeu. 



Milhares de manifestantes levaram cartazes com dizeres como "Parem a ditadura financeira"; "Por uma Europa solidária" e o "O dinheiro mata". A passeata ocorre em clima pacífico. 

Espanha 


As manifestações da Espanha tiveram o grande apoio e incentivo dos "indignados" que meses atrás já haviam protestado contra a situação econômica do país e os altos índices de desemprego. 



Os números a respeito das marchas diferem de acordo com as fontes. Segundo fontes da prefeitura, 60 mil pessoas participaram das manifestações, mas a organização afirmou que foram 250 mil. 



Em Madri, as autoridades não permitiram que os protestos fossem realizados. Ainda assim, milhares de pessoas foram às ruas e fizeram muito barulho com apitos e um "panelaço". Quando passavam por bancos, gritavam "culpados, culpados". Durante as manifestações, no entanto, não foram registrados incidentes. 

Estados Unidos 


O país que motivou os protestos pelo mundo neste sábado, também teve suas manifestações contra o sistema financeiro. Os atos que acontecem no sul de Manhattan, nas proximidades da Wall Street, foram mantidos, mas se espalharam por outros lugares. 



Com bandeiras americanas e de sindicatos, os manifestantes tomaram locais como Times Square, Washington Heights, Bronx e Brooklyn, onde gritavam frases como “De quem é a rua? A rua é nossa”. 



Se na sexta-feira 14 manifestantes foram detidos, não foram registrados incidentes neste sábado. Os protestos também foram realizados em Washington, Atlanta, Tallahassee, Oakland, Dallas, Los Angeles, São Francisco, Seattle, Chicago, Filadélfia, Houston, San Diego e Denver. 

Itália 


O protesto também teve grande importância na Itália. Milhares de pessoas sairam às ruas de Roma e acabaram entrando em conflito com a polícia, que reprimiu as manifestações. 



De forma violenta, a polícia italiana usou mangueiras d'água e bombas de gás lacrimejante para dissipar quem protestava. Os manifestantes responderam e, durante o confronto, colocaram fogo em carros e quebraram vitrines de lojas. Até o momento, o protesto na Itália é o que, aparentemente, teve maior repressão policial neste sábado. 

 

Imagem de Machahir Sami, jornalista presente nos protestos, mostra a confusão gerada pela repressão policial em Roma 

Brasil
Os protestos no Brasil foram concentrados em São Paulo. As pessoas levaram cartazes pedindo uma "democracia de fato". A forte chuva que atinge a capital paulista, no entanto, atrapalha a manifestação. 
Assim como nos demais protestos realizados por todo o mundo, as marchas no Brasil foram convocadas pela internet. 
Hong Kong 


Cerca de 200 pessoas se concentraram nas imediações da Bolsa de Valores local, levando cartazes com palavras de ordem como "os bancos são um câncer", segundo a Rádio Televisão de Hong Kong. 



Taiwan 



Mais de 100 pessoas – embora os organizadores esperassem que cerca de 1,5 mil aparecessem – responderam a convocação do "15-O", em referência ao dia 15 de outubro, e se manifestaram na entrada do arranha-céu Taipé 101 cantando palavras de ordem como "Somos 99% de Taiwan". 

Opera Mundi

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