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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Líbios devem promover reconciliação após morte de Kadafi, afirma Secretário-Geral da ONU


O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediuhoje (20/10) a todos os lados na Líbia que baixem as armas e trabalhem em conjunto e pacificamente na reconstrução desta nação do Norte da África, em meio a relatos de que o coronel Muamar Kadafi foi morto.
“Claramente, este dia marca uma transição histórica para a Líbia”, disse Ban na sede da ONU em Nova York, reagindo às denúncias sobre a morte do líder líbio e o fim dos combates em Sirte e outras cidades.

“Nos próximos dias, vamos testemunhar cenas de celebração, bem como tristeza para aqueles que perderam tanto”, afirmou. “No entanto vamos reconhecer, imediatamente, que este é apenas o fim do começo. O caminho pela frente para a Líbia e para seu povo será difícil e cheio de desafios.”
Forças pró-Kadafi e rebeldes estão em conflito há meses após um movimento pró-democracia ter emergido no início do ano, em mobilizações semelhantes aos levantes populares testemunhados em outras partes do Oriente Médio e do Norte da África.
Ban Ki-moon sublinhou que agora é o momento para que todos os líbios se unam e que eles só podem cumprir a promessa de futuro através da unidade e reconciliação nacional.
“Os combatentes de todos os lados devem depor as armas em paz. Este é o momento para a conciliação e a reconstrução, por generosidade de espírito – e não de vingança.”
Enquanto autoridades de transição da Líbia preparam o caminho para as eleições e tomam muitas outras medidas para a construção de sua nova nação, “inclusão e pluralismo devem ser o lema”, acrescentou.
“As profundas esperanças sustentadas através de longos dias de revolução e de conflito devem se traduzir em oportunidades e justiça para todos”, disse o Secretário-Geral.
Situação na cidade de Sirte continua crítica
Segundo relatório da Comissão Europeia de Ajuda Humanitária e Proteção Civil, a população continua deixando a cidade. Estima-se em 18 mil o número de deslocados, incluindo mulheres, crianças e idosos, de acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha. O relatório também aponta que a presença de minas terrestres, munições abandonadas e material não detonado apresentam uma séria ameaça aos civis líbios.
A ONU começou a enviar seu pessoal no mês passado para a recém-criada Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL), chefiada pelo Representante Especial do Secretário-Geral, Ian Martin. Com sede na capital, Trípoli, a missão vai ajudar as autoridades na restauração da segurança pública, no planejamento das eleições e na garantia de uma Justiça de transição.
“A nova missão das Nações Unidas para a Líbia está em campo e pronta para ajudar a Líbia e seu povo ao longo do caminho à frente”, disse Ban, que falou com Martin em Trípoli esta manhã.

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