Essa é a análise de Carlos Mussi, diretor do Escritório da Comissão Econômica para América Latina e Caribe, Cepal, em Brasília; relatório da agência para a região sugere que crescimento será reduzido em 2012.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A geração de postos de trabalho no Brasil e o controle da inflação estão ajudando o país a enfrentar os efeitos da crise mundial. Esta é a opinião do economista Carlos Mussi, diretor do Escritório da Comissão Econômica para América Latina e Caribe, Cepal, em Brasília.
Nesta quarta-feira, a agência da ONU divulgou um relatório indicando que em 2012, a região deverá crescer 3,7% contra a taxa de 4,3% registrada este ano. A crise na zona do euro tem sido um motivo de preocupação para analistas latino-americanos.
Mercado Interno
Mas de acordo com Carlos Mussi, o governo brasileiro tomou medidas neste ano para conter os efeitos da crise. E o tamanho do mercado interno com a geração de empregos estariam ajudando a situação brasileira.
“Ainda que a taxa de crescimento caiu, o mercado de trabalho brasileiro ainda continua muito bem ativo. Há geração de empregos, não talvez num ritmo que se observou em anos anteriores, e o salário tem correspondido neste sentido. O salário real tem aumentado, principalmente porque a inflação não acelerou muito. Não houve o que seria o dano maior da taxa de inflação de corroer o poder de compra dos consumidores”, afirmou.
De acordo com a Cepal, o crescimento da economia brasileira em 2011 será de 2,9%, menos da metade da performance do ano passado, que foi de 7,5%.
A agência estima, que no próximo ano, o país deve registrar 3,5%, mas há uma expectativa de revisão para cima dependendo também das medidas que o governo adote nos próximos meses.
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