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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Dois anos após o terremoto, muitos haitianos buscam recomeçar, no Brasil


Mais de mil cidadãos da ilha caribenha estão vivendo na cidade de Brasileia, no estado do Acre; eles receberam vistos humanitários por causa das condições precárias após o terremoto de 12 de janeiro de 2010.
Milhares de haitianos ficaram desabrigados após o terremoto
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Nesta quinta-feira, faz dois anos que um terremoto atingiu o Haiti matando mais de 200 mil pessoas na ilha caribenha, incluindo vários brasileiros que trabalhavam na Missão de Integração da ONU no país, Minustah.
Dois anos depois, muitos haitianos decidiram recomeçar a vida, mas fora de seu país de origem. Um grupo de mais de mil pessoas chegou a Brasiléia, no estado do Acre, com um sonho de conseguir um emprego, aprender um novo idioma e viver no Brasil.
Demanda
Segundo a mídia local, muitos, há mais de um ano, “teriam sido iludidos com promessas, por traficantes de seres humanos”.  Mas, nos últimos meses, de acordo com as autoridades da Brasiléia, vários haitianos estão chegando ao Brasil por conta própria.
Para entrar no país, eles recebem um visto humanitário. Nesta entrevista, a prefeita da Brasiléia, Leila Galvão, falou à Rádio ONU sobre como a cidade está lidando com a demanda dos haitianos recém-chegados, principalmente na área da saúde.
“Fazemos o atendimento na área de assistência médica dentro dos postos de saúde. Mesmo assim, ainda é precário, porque requer um dispêndio com remédios. E a gente não tem, necessariamente, para atender essa demanda a mais dessas pessoas. E de qualquer forma, a gente não pode também virar as costas. Mesmo com essas limitações porque são seres humanos, são pessoas que saíram das sua terra em busca de novas oportunidades até em função da tragédia que aconteceu.”
Atualmente, no Haiti, cerca de 500 mil pessoas ainda estão vivendo em abrigos temporários dos 1,5 milhão que ficaram sem casa logo após o sismo.
Em 2010, a ilha caribenha encarou um furacão e logo depois um surto de cólera que, até julho do ano passado, havia matado mais de 5,5 mil pessoas.
Para esta quinta-feira, a Minustah está organizando uma série de eventos no Haiti, incluindo um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. A bandeira da ONU será hasteada a meio mastro em sinal de respeito aos que perderam a vida no terremoto.

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