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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

IBGE: produção industrial cresce 0,3% em novembro


Em novembro de 2011, o índice da produção industrial registrou um crscimento de 0,3% em relação a Outubro, o índice vinha registrando queda no 3 meses anteriores.  Na comparação com novembro de 2010o total da indústria recuou 2,5%, a menor marca desde outubro de 2009 (-3,1%), acelerando o ritmo de queda frente aos resultados de setembro (-1,6%) e de outubro (-2,2%). O desempenho deste mês levou o indicador acumulado nos onze meses do ano a uma taxa de 0,4%, abaixo, portanto, das marcas assinaladas nos meses anteriores. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, também apontou redução no ritmo de crescimento, ao passar de 1,3% em outubro para 0,6% em novembro, mantendo a trajetória descendente observada desde outubro de 2010 (11,8%).



O resultado da atividade industrial em novembro frente ao mês imediatamente anterior foi positivo (0,3%), mas não recuperou a perda acumulada nos três últimos meses de queda na produção: -0,1% em agosto, -1,9% setembro e -0,7% em outubro. Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral reforça esse quadro de menor dinamismo, uma vez que esse indicador permaneceu apontando recuo pelo quarto mês. A diminuição no ritmo da atividade também foi verificada no confronto contra igual mês do ano anterior, já que o setor industrial mostrou queda na produção em novembro, intensificando os recuos registrados em setembro e outubro. Nos indicadores acumulado no ano e nos últimos doze meses observa-se a manutenção de índices positivos, mas com clara redução no ritmo de crescimento frente aos meses anteriores.
Entre os ramos, 18 registram alta e nove apresentam queda
Na formação da taxa de 0,3% da atividade industrial na passagem de outubro para novembro observou-se dezoito ramos com crescimento na produção, com destaque para a expansão vinda de máquinas e equipamentos (4,0%), recuperando parte da perda de 9,3% assinalada nos dois últimos meses. Vale citar também os impactos positivos registrados por veículos automotores (1,5%), edição e impressão (3,4%), produtos de metal (3,9%), farmacêutica (3,3%), outros produtos químicos (1,6%), vestuário (9,4%) e indústrias extrativas (1,7%). Por outro lado, entre as nove atividades que reduziram a produção, os desempenhos de maior importância para a média global foram observados em refino de petróleo e produção de álcool (-5,3%), que eliminou parte da expansão de 7,1% verificada nos últimos quatro meses de crescimento, material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-7,5%) emáquinas para escritório e equipamentos de informática (-8,3%).
No corte por categorias de uso, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo semi e não duráveis (2,2%) e bens de capital (1,6%) apontaram as expansões mais acentuadas em novembro de 2011, com o primeiro recuperando parte da perda de 3,9% verificada nos três últimos meses de queda, e o segundo revertendo dois meses seguidos de taxas negativas: setembro (-6,3%) e outubro (-2,3%). O segmento de bens intermediários (0,5%) também mostrou avanço na produção em novembro de 2011 e interrompeu o comportamento negativo observado desde junho último. O setor produtor de bens de consumo duráveis, ao recuar 0,9%, foi o único que registrou queda nesse mês, após avançar 2,3% em outubro último.
Média móvel trimestral recua -0,8%
Na evolução do índice de média móvel trimestral, o total da indústria permaneceu apontando queda pelo quarto mês seguido, com o trimestre encerrado em novembro assinalando redução de 0,8% frente ao nível do mês anterior, praticamente repetindo o ritmo de perda observado nos dois últimos meses: setembro (-0,6%) e outubro (-0,9%). Entre as categorias de uso, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, os destaques ficaram com bens de consumo duráveis (-2,6%) e bens de capital (-2,4%), que prosseguiram com a trajetória descendente iniciada em julho e agosto últimos, acumulando nesses períodos perdas de 9,9% e de 5,6%, respectivamente. Os demais resultados negativos foram observados nos segmentos de bens intermediários (-0,1%), que marcou o sexto resultado negativo seguido, e bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%).
Na comparação com novembro/2010, produção industrial recua 2,5%
Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial recuou 2,5% em novembro de 2011, terceiro resultado negativo consecutivo neste tipo de confronto e a menor marca desde outubro de 2009 (-3,1%). O índice desse mês teve perfil disseminado de queda, já que a maior parte (17) das 27 atividades pesquisadas mostrou redução na produção. Os impactos negativos de maior importância na formação do índice global vieram de veículos automotores (-4,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-15,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,2%), têxtil (-13,0%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-14,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-4,0%), edição e impressão (-5,3%), metalurgia básica (-3,7%) ecalçados e artigos de couro (-13,7%). Nessas atividades sobressaíram, respectivamente, a menor fabricação dos itens: automóveis; telefones celulares, aparelhos de comutação para telefonia celular e televisores; motores elétricos, aparelhos elétricos de alarme e de sinalização e transformadores; fios e tecidos de algodão; computadores; álcool e naftas para petroquímica; livros, jornais e revistas; lingotes, blocos, tarugos e blocos de aços ao carbono e bobinas a frio de aços ao carbono; e calçados de material sintético e de couro para uso feminino e tênis de couro. Por outro lado, entre os nove ramos que registraram crescimento na produção, as principais pressões sobre a média da indústria vieram de indústrias extrativas (3,5%), bebidas (2,8%), produtos de metal (3,0%) e equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (7,2%), influenciados em grande parte pelos avanços na fabricação dos itensminérios de ferro, no primeiro setor, refrigerantes, cervejas e chope, no segundo, partes e peças para bens de capital e estruturas de ferro e aço, no terceiro, e controladores lógicos programáveis no último.
Os índices por categorias de uso, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, confirmam o menor ritmo da atividade industrial, com todos os segmentos registrando redução na produção em novembro de 2011. O setor de bens de consumo duráveis(-11,5%) apontou a taxa negativa mais elevada, pressionado em grande parte pela menor fabricação de automóveis (-17,7%), detelefones celulares (-19,0%) e dos eletrodomésticos (-2,8%), tanto os da “linha marrom” (-6,0%) como os da “linha branca” (-3,6%). Nessa categoria de uso, os principais resultados positivos vieram da maior produção de motocicletas (5,3%) e de artigos do mobiliário(1,6%). O segmento de bens de capital (-2,9%) também assinalou recuo acima da média global (-2,5%) e foi negativamente influenciado pelos grupamentos de bens de capital para uso misto (-12,5%), para energia elétrica (-12,5%) e para construção (-23,5%), enquanto bens de capital para equipamentos de transporte (7,1%), para fins industriais (15,1%) e agrícolas (4,3%) exerceram as influências positivas no total da categoria de uso.
Ainda na comparação com igual mês do ano anterior, os segmentos produtores de bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%) e debens intermediários (-1,4%) também registraram redução na produção em novembro de 2011. No primeiro segmento, as pressões negativas foram observadas nos grupamentos de semiduráveis (-9,2%), carburantes (-6,2%) e de outros não duráveis (-2,5%), influenciados principalmente pela redução na produção de calçados de material sintético e de couro para uso feminino, no primeiro grupo, álcool no segundo, e livros, medicamentos e jornais, no último. Ainda nessa categoria de uso, o subsetor de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (4,5%) apontou o único resultado positivo, influenciado em grande parte pelo item sucos concentrados de laranja. A queda de 1,4% verificada no segmento de bens intermediários frente a novembro de 2010 foi pressionada negativamente pela menor fabricação dos produtos associados às atividades de alimentos (-13,0%), de produtos têxteis (-14,2%), demetalurgia básica (-3,7%), de refino de petróleo e produção de álcool (-2,9%) e de borracha e plástico (-3,5%), e positivamente pelos setores de produtos de metal (6,5%), indústrias extrativas (3,5%), veículos automotores (2,8%), outros produtos químicos (1,1%),minerais não metálicos (1,1%) e celulose e papel (0,1%). Nessa categoria de uso, vale citar também os resultados positivos vindos dos grupamentos de insumos para construção civil (3,5%), que assinalou a sétima taxa positiva consecutiva, e de embalagens (2,4%).
No acumulado de 2011, 15 setores apresentam crescimento
No indicador acumulado para janeiro-novembro de 2011, frente a igual período de 2010, o total da indústria apontou acréscimo de 0,4%, com 15 das 27 atividades registrando crescimento na produção. O ramo de veículos automotores (2,5%), impulsionado em grande parte pelos resultados positivos em 63% dos produtos investigados no setor, prosseguiu exercendo o impacto mais importante sobre o índice global. Vale citar também as expansões assinaladas em outros equipamentos de transporte (8,5%), minerais não metálicos (3,7%), indústrias extrativas (2,1%), equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (10,6%), produtos de metal (2,8%),fumo (13,8%) e edição e impressão (2,1%). Em termos de produtos, os destaques nesses ramos foram: caminhões, veículos para transporte de mercadorias, caminhão-trator e chassis com motor para caminhões e ônibus; aviões e motocicletas; ladrilhos e placas de cerâmica e cimentos “Portland”; minérios de ferro; relógios de pulso; estruturas de ferro e aço; fumo processado; e revistas e livros. Por outro lado, entre os doze ramos que apontaram queda na produção, sobressaíram os recuos vindos de têxtil (-14,7%), outros produtos químicos (-2,4%), calçados e artigos de couro (-9,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,2%), pressionados respectivamente pela menor fabricação dos itens: tecidos, fios e toalhas de banho, rosto e mãos de algodão; herbicidas para uso na agricultura; calçados de material sintético e de couro para uso feminino, e tênis de couro; e transformadores e motores elétricos.
Segundo as categorias de uso, ainda no indicador acumulado nos onze meses de 2011, o perfil dos resultados mostrou maior dinamismo para bens de capital (3,6%), que apontou crescimento bem acima da média da indústria (0,4%), impulsionado em grande parte pelas expansões observadas em bens de capital para equipamentos de transporte, para construção e para fins industriais. O segmento de bens intermediários (0,4%) permaneceu com taxa positiva no índice acumulado no ano, enquanto bens de consumo semi e não duráveis (-0,2%) registrou ligeira variação negativa. A produção de bens de consumo duráveis, com queda de 1,7%, assinalou a redução mais intensa entre as categorias de uso, pressionada principalmente pela menor fabricação de automóveis.
Fonte: IBGE

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