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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Morre o folclorista Deífilo Gurgel aos 85 anos

Morreu na Manhã de hoje em Natal o Folclorista potiguar Deífilo Gurgel. O folclorista estava internado desde o final de janeiro no hospital Papi e se encontrava num avançado quadro de desnutrição e pneumonia.

Segue a íntegra da nota divulgada pela família de Deífilo Gurgel;


"A família do poeta e folclorista Deífilo Gurgel - Zoraide de Oliveira Gurgel, esposa, e os filhos Káthia, Carlos, Mário Sérgio, Gardênia, Fernando, Cláudia, Alexandre, Marcelo e Ana Márcia - comunica oficialmente, o falecimento do grande mestre da cultura popular do Rio Grande do Norte, ocorrido hoje em Natal.


Diante das inúmeras manifestações de solidariedade, a família agradece encarecidamente aos familiares e amigos, e comunica que tão logo sejam definidos os locais para o velório e sepultamento, todos serão informados.

Deífilo faleceu aos 85 anos, após 17 dias de internação na UTI do hospital PAPI, em consequência de falência de múltiplos órgãos.

Natal, 06 de fevereiro de 2012

Zoraide de Oliveira Gurgel - esposa
Káthia, Carlos, Mário Sérgio, Gardênia, Fernando,
Cláudia, Alexandre, Marcelo e Ana Márcia - filhos".



Biografia
Nasceu em Areia Branca e aos 18 anos de idade veio para Natal estudar. Aos 25 anos, casou-se com dona Zoraide. Em 1967, o pesquisador ainda se formou Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Natal, em 1967.
Em 1970 foi nomeado Diretor de Cultura do município do Natal, por João Faustino, que na época era secretário de Educação. A partir daí, o escritor passou a estudar o Folclore . Como poeta, escritor e pesquisador, Deífilo Gurgel atuou também como diretor do Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Natal (SMEC), diretor de Promoções Culturais da Fundação José Augusto (FJA) e presidente da Comissão Norte-Rio-Grandense de Folclore.
O pesquisador ainda foi professor de Folclore Brasileiro, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Ele estava para lançar a obra “Romanceiro Potiguar”, que reúne uma série de romances coletados pelo autor entre 1985 e 1995.
Com informações de Nominuto.com

Jornada de Despedida.


Ouço de longe o cantar saudoso,
repare bem quem cantou agora.
É os anjos com sua corneta
anunciando o romper da aurora.

Às cinco horas da manhã
quando vem rompendo a aurora,
as aves cantam lá no céu
e as pastorinhas vão embora.

Com saudade eu me retiro
que eu não vim para ficar.
As moças são deliciosas,
faceiras e amorosas,
mimosas como a rosa.

Ai, minha mestra, adeus, adeus, 
adeus, adeus,
adeuzim que eu já me vou. 
Adeus, adeus,
adeus até para o ano,
só nós todas viva for.

Ai, minha contra, adeus , adeus,
adeus, adeus,
adeuzim que eu já me vou
adeus, até para o ano
se nós todas viva for.

Minha Diana, adeus adeus...

Minha florista, adeus, adeus...

Minha Cigana, adeus, adeus...

*Gravação feita pelo prof. Deífilo Gurgel, na cidade de São Gonçalo do Amarante, RNem 1976, com o Grupo do pastoril    "Estrela do Norte".

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