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sábado, 24 de março de 2012

"O Brasil não sente vergonha de ter uma educação ruim"

"O Brasil não sente vergonha de ter uma Educação ruim". Afirmou o Senador Cristovam Buarque em entrevista à Revista Free São Paulo, Cristovam defende uma revolução na educação brasileira, basta de arremedos e gambiarras!

Não tem jeito, o Brasil é um país incompetente quando se trata de educação e, daí advém todas as suas mazelas sociais. Crescimento da violência, nossas escolas não sabem ensinar ética, os pais não sabem criar seus filhos e o ciclo se propaga. País sem cultura, pois é não sabemos nem o que é isso, ouvimos "Aviões do Forró", principalmente a juventude consumidora de álcool.

Nossas Universidades servem apenas para que se garanta o título de bacharel, mestre ou doutor e consiga um emprego, nada mais. É uma condição insustentável entregar o país à modernidade com mentes despreparadas para enfrentar os novos desafios da tecnologia, precisamos de criatividade convertida em transformações econômico-sociais, é com educação que reteremos à crescente violência e falta de desenvolvimento intelectual da atual geração, corremos o risco de perdemos outra geração completa, a anterior vivia no atraso da religião católica, esta estar sendo criada sem educação que lhes proporcione consciência.


O Brasil tem apenas uma Universidade entre as 100 melhores do Mundo, o que mostra o descaso, o país é a 6ª maior economia do mundo, será nosso crescimento uma  farsa? Correremos o risco de mergulharmos em uma profunda crise de estagnação social. Nossas escolas são sucateadas, tecnicamente e pedagogicamente, não se estimula  e, nem poderia se fazer, a plena conscientização do jovem sobre a importância da educação na sua vida.




Nas escolas, atualmente, não são incomuns ações de violência e desrespeito sob todas as formas: agressões, uso de drogas, ameaças, discriminações, desrespeito aos professores e aos alunos, é uma escola apanas para "Cumprir tabela", ou seja, apenas pra dizer que existe. A violência entre jovens no Brasil é um problema gravíssimo que tende a se agravar já que estes não têm sus mentes preparadas para receberam o grande conteúdo de situação patológicas e cenas de violência difundidas na sociedade pelos meios de comunicação.


Números da tragédia
3,8 milhões de crianças com idade entre 4 e 14 anos e 2 milhões de
jovens com idade entre 15 e 17 anos estão fora da escola.
• 1,3 milhão de crianças entre 10 e 17 anos trabalham em vez de estudar, e
mais de 4,8 milhões são obrigadas a trabalhar e estudar ao mesmo tempo.
• O Brasil tem entre 15 e 20 milhões de analfabetos com mais de 18 anos.
• 33 milhões de brasileiros são incapazes de ler ou escrever, apesar de
terem sido formalmente alfabetizados.
• Quase um terço (28%) dos alunos brasileiros não conseguem completar
a 4a série do Ensino Fundamental na idade adequada (11 anos).
• Menos da metade (42%) dos brasileiros consegue completar a 8a série
do Ensino Fundamental na idade adequada (15 anos).
• 73% dos brasileiros atualmente com 18 anos ou mais – mais de
100 milhões de pessoas – não chegaram a cursar ou concluir o Ensino
Médio. Destes, apenas metade recebeu uma Educação Básica de qualidade
razoável.
• Apenas 65% dos jovens com mais de 18 anos estão concluindo o
Ensino Médio.
• 52% dos alunos da 4a série não dominam as habilidades elementares de
Matemática. Em Português, a situação é ainda pior: 59% dos alunos estão
na 4a série sem terem adquirido as competências e habilidades necessárias.
20
• 48% dos professores sofrem da síndrome da desistência: não vêem
mais o aluno como um ser em evolução.
• Entre 31 países investigados, o Brasil ficou em último lugar na média
de desempenho de Matemática.
• A média salarial dos professores do Ensino Básico é de R$ 530, sendo
que 80% ganham em média R$ 360.


A conseqüência dessa tragédia é palpável: o Brasil não tem futuro. Um povo só tem futuro se tratar cada criança como um tesouro a ser formado. A educação é a mina onde esse tesouro é gerado. A educação é o meio para formar esse tesouro, até transformá-lo em um cidadão capaz de:
a) entender o mundo,
b) deslumbrar-se com suas belezas,
c) indignar-se com suas injustiças e ineficiências,
d) agir para fazê-lo melhor, mais justo, mais belo,
e) ter um ofício que lhe assegure um emprego e os instrumentos para
transformar a realidade.


Interessante é o relato feito pelo escritor paquistanês, Tariq Ali, sobre o modelo econômico insuficiente do Brasil nos últimos anos.


"O Brasil pode pensar que é imune à crise mas não acredito nisso. O modelo que Fernando Henrique adotou para este país foi mantido intocado. Lula disse para a burguesia, não vou fazer nada que a afete, mas vou repartir um pouco da riqueza com os pobres, que é o Bolsa Família. E isso explica amplamente a popularidade do PT, o primeiro a fazer alguma coisa pelos mais pobres, ainda que pouco. Pouco em relação ao peso do país, mas não foi pouco para os pobres. Foi uma operação inteligente e funcionou. Mas isso não significa que o Brasil poderá permanecer apenas desfrutando o período dourado. Parte da cúpula petista foi corrompida pelo poder financeiro e então, logo após a vitória de Dilma, em lugar de manter a mesma fórmula, o país deveria aprofundar suas políticas sociais e encontrar maneiras de manter sua força econômica. A educação pública no Brasil, está em péssimas condições e é um exemplo de que, a menos que mudanças estruturais sejam realizadas, esse sistema não poderá continuar"

Os demais países do mundo crescem apostando, investindo em educação, nós crescemos concentrando a renda nas mãos de poucos e com 0% de criatividade, claro sem educação - trocamos voto por dentadura.


CONTÉM TRECHOS DE: A REVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO
Escola igual para todos.
Cristovam Buarque

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