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terça-feira, 6 de março de 2012

Testemunhas e familiares de desaparecidos do Araguaia denunciam ameaças


A Polícia Federal (PF) investiga ameaças de morte sofridas por testemunhas da Guerrilha do Araguaia e ouvidores do grupo governamental que buscam corpos desaparecidos durante o conflito. Participam dessa operação familiares de guerrilheiros e membros do governo e do Exército.
A juíza Solange Salgado, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, relata que a situação é “muito preocupante, que as ameaças são recorrentes e que há indícios concretos". Ela é responsável pela sentença que condenou a União, em 2003, a buscar as ossadas dos militantes assassinados na região da Amazônia.
Um camponês que contribuiu com as buscas e um ex-motorista de Sebastião Rodrigues de Moura, o major Curió, são dois dos ameaçados. Curió é um dos líderes militares da repressão à guerrilha e um dos suspeitos de pressionar o grupo.
Em 2011, um mateiro conhecido como Raimundinho foi assassinado após levar o grupo de busca a uma área onde os corpos teriam sido enterrados.
A Guerrilha do Araguaia, formada por militantes do PCdoB, foi reprimida pelo Exército brasileiro, sob o comando da ditadura civil-militar, instalada em 1964. Dos cerca de 70 guerrilheiros mortos, só dois corpos foram identificados até hoje.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) responsabilizou o Estado brasileiro pelos desaparecimentos, em 2010, e determinou a investigação dos fatos e a busca pelos corpos.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.

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