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quarta-feira, 30 de maio de 2012

CPMI do Cachoeira aprova quebra de sigilo da Delta em todo o país

A CPMI que investiga as atividades ilícitas e possíveis envolvimento com parlamentares do Bicheiro Carlinhos Cachoeira aprovou nesta Terça-Feira (29) a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da Delta Construção em todo o país. Com isso, os parlamentares pretendem checar as movimentações financeiras da empresa e as relações dela com agentes públicos, em especial com funcionários de alto escalão de governos estaduais.
“É uma medida que deveria ter sido tomada no primeiro dia da CPMI, quando foi convocado o senhor [Carlos Augusto de Almeida Ramos] Carlos Cachoeira. Essa não é só uma CPMI do Cachoeira, ela passa a ser também da empresa Delta e de suas relações com outros agentes públicos e privados”, disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um dos autores de requerimentos para a quebra de sigilo da empresa.
A Delta tem contratos públicos com governos estaduais e com o governo federal para executar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As relações dos diretores da empresa com o empresário Carlos Cachoeira, que é acusado de controlar um esquema de jogos ilegais em Goiás, levantaram suspeitas da Polícia Federal de que ele fosse um sócio oculto que usava a companhia para lavar dinheiro e fraudar licitações.
Além disso, suspeita-se que a quadrilha comandada por Cachoeira utilizava os recursos da Delta oriundos de contratos governamentais para corromper funcionários públicos. O ex-diretor da empresa no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, está preso em função dessas denúncias. A quebra dos sigilos da Delta no Centro-Oeste já havia sido aprovada pela CPMI na última semana, mas os parlamentares entenderam que as relações da empresa com outros governos, como o do Rio de Janeiro, também precisam ser esclarecidas. O governador do Rio, Sérgio Cabral, aparece em gravação em vídeo com o presidente nacional da construtora, Fernando Cavendish, durante viagem pela Europa.
O único parlamentar a votar contra a quebra e sigilo da empresa foi deputado Cândido Vaccarez­­za (PT-SP). Ele argumentou que isso desviará o foco das investigações. A CPI, disse ele, “não tem a chancela para fazer uma devassa no país inteiro”. A Delta é a empresa com maior número de contratos com governos em nível federal, estadual e municipal.

— Não tenho nenhum interesse com a Delta, não conheço o senhor Fernando Cavendish, nunca recebi um tostão nem em campanha nem fora de campanha dessa empresa, mas tenho coerência e acho que a CPI, para responder a seus objetivos iniciais, não pode perder o foco — afirmou Vaccarezza.
Muita lama podre ainda deve surgir.
Informações: Agência Brasil e Jornal do Senado

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