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terça-feira, 29 de maio de 2012

Demóstenes deve falar hoje no Conselho de Ética


Depoimento está marcado para as 9h30 e é essencial para evitar que o senador perca o mandato por quebra de decoro. À tarde, CPI decide se convoca três governadores
O Conselho de Ética do Senado e a CPI mista que investiga o contraventor Carlinhos Cachoeira terão um dia decisivo hoje. Às 9h30, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) deve quebrar o silêncio para se defender oralmente, no conselho, das acusações de quebra de decoro parlamentar. Às 14h, a CPI pode decidir sobre dois temas polêmicos que geram divergências entre os parlamentares: a possível convocação de três governadores e a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico relacionados à direção nacional da Delta Construções.
A convocação dos governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB); de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), é polêmica. O tema só seria analisado na próxima terça-feira, mas, pressionado por integrantes da comissão, o presidente do colegiado, Vital do Rêgo (PMDB-PB) antecipou a decisão para hoje.
Outro assunto polêmico da pauta é a quebra de sigilo da Delta em âmbito nacional. Na semana passada, com a revelação de que recursos de contas da construtora, no Rio de Janeiro, abasteceram empresas de fachada que serviam à organização de Cachoeira, o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), admitiu pela primeira vez a necessidade de investigar as atividades da matriz da empresa.
— A quebra de sigilos das filiais da Delta no Centro-Oeste apontou indícios de que o ex-diretor Cláudio Abreu tinha autorização para movimentar contas nacionais da construtora — afirmou.
Inicialmente, Odair defendia a limitação das investigações à atividade regional da empreiteira.
Conselho de Ética
Acusado de defender os interesses do contraventor goiano no Congresso Nacional, Demóstenes Torres vai apresentar sua defesa oralmente ao Conselho de Ética às 9h15. O advogado dele, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, já adiantou que o parlamentar deve usar os primeiros 20 minutos da sessão para falar sobre sua atuação na vida pública, ficando, a seguir, à disposição para responder perguntas dos colegas.
Na CPI, no entanto, segundo o advogado, é possível que o senador permeneça em silêncio, exercendo o direito de não fornecer provas contra si.
— Estou inteiramente aberto a confrontar as denúncias com a defesa dele e elaborar um relatório levando em consideração tudo isso — disse em entrevista à Rádio Senado o senador Humberto Costa (PT-PE), responsável pelo parecer do conselho.
As outras testemunhas indicadas pela defesa — o advogado Ruy Cruvinel e o próprio Cachoeira — recusaram-se a depor. Desde que começou a analisar a representação contra Demóstenes, o conselho ouviu dois delegados responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo, que resultaram na prisão de Cachoeira.
Jornal do Senado

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