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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Conflito agrário no Paraguai deixa 18 mortos


Onze trabalhadores sem-terra e sete policiais morreram na última sexta-feira (15) em um conflito agrário no Paraguai. As mortes foram em meio a um tiroteio durante a desocupação de uma fazenda na cidade de Curuguaty, a 400 km da capital Assunção. O confronto ainda deixou cerca de 80 feridos, alguns em estado grave.

O massacre ocorreu quando 200 policiais realizavam uma ação de despejo de 100 famílias sem-terra que ocupavam uma propriedade. De acordo com os camponeses, a área ocupada estava "irregular" e pertence ao ex-senador do Partido Colorado, o conservador Blas Riquelme.

Os sem-terra pertecem à Liga Nacional dos Carperos (aqueles que vivem em "carpas", barracos de lona). O ministro do Interior, Carlos Filizzola, foi destituído pelo presidente Fernando Lugo horas após o confronto.

O ex-senador Riquelme, proprietário da área, era uma pessoa próxima ao falecido ditador Alfredo Stroessner, que governou de forma autoritária o Paraguai por 35 anos.

Um documento publicado pela Comissão da Verdade e Justiça do Paraguai mostra que na ditadura Stroessner 7 milhões de hectares foram entregues de maneira irregular a latifundiários – o que corresponde a 19% do território nacional. Riquelme foi identificado como um dos principais beneficiados por essa entrega de terras.

De São Paulo, da Radioagência NP, com matéria do jornal Brasil de Fato, Vivian Fernandes.

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