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terça-feira, 10 de julho de 2012

Corrupção tira 40 bilhões de dólares de países em desenvolvimento todo ano, afirma ONU


A corrupção prejudica a capacidade das nações de prosperar e crescer”, disse ontem (9) o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, no encerramento de um painel de alto nível organizado pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), em Nova York. Ele alertou que, no ano passado, a corrupção representou perdas de 30% para toda assistência ao desenvolvimento dos países.

O Diretor Executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Yury Fedotov, destacou que a prevenção e o combate a corrupção deve ser uma responsabilidade compartilhada entre todos os setores da sociedade.

“Em dados extremamente conservadores, o UNODC e o Banco Mundial estimam que cerca de R$ 40 bilhões são roubados de países em desenvolvimento a cada ano. O alto custo da corrupção é pago por cidadãos comuns que não podem obter serviços básicos devido ao desvio de fundos”, disse Fedotov.

“Isso se traduz em pontes, hospitais e escolas que nunca foram construídos, e em pessoas que vivem sem o benefício desses serviços”, afirmou Ban Ki-moon, que considera os países pobres como os mais afetados pela corrupção, dada a vulnerabilidade das instituições e do Estado de Direito. “Esta é uma falha de responsabilização e transparência. Não podemos deixar que persistam. Nem a paz e nem o desenvolvimento humano podem florescer em um ambiente de corrupção”.

O painel propôs a inclusão de metas de combate a corrupção em todos os programas de desenvolvimento nacional, além de instar os países a ratificarem e aderirem à Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, o primeiro instrumento global com poder vinculativo a obrigar os Estados a prevenir e criminalizar a corrupção. Ela também prevê a cooperação internacional, com assistência técnica e troca de informações, assim com exige a recuperação dos ativos roubados.

A Convenção, da qual o UNODC é guardião, obriga os Estados a prevenir e criminalizar a corrupção, promover a cooperação internacional, recuperar ativos roubados e melhorar a assistência técnica e troca de informações tanto no setor privado quanto no setor público. A Convenção foi ratificada por 160 Estados-Membros.

Mais de 500 delegados, incluindo ministros e chefes de grupos da sociedade civil, instituições internacionais e do setor privado, participaram do segmento de alto nível do ECOSOC, que concentrou as discussões no aumento da capacidade produtiva, fortalecimento da cooperação de desenvolvimento e criação de trabalho decente e sustentável.

Por ONU Brasil

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