Acusada de tentar chantegear um juiz federal, Andressa Mendonça depõe a parlamentares na quarta-feira da semana que vem, dia 7
No depoimento à CPI marcado para a quarta-feira da semana que vem, dia 7, a mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, deverá ser questionada pelos congressistas sobre a recente denúncia de que teria tentado chantagear um juiz federal para obter decisão judicial favorável a seu marido.
Randolfe diz que está mais forte a tese de
que Andressa conduz os negócios
— Acho que temos elementos para acreditar que a senhora Andressa está na condução dos negócios de Cachoeira. As informações que temos junto com essa notícia de hoje [ontem] reforçam isso — disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Ontem Andressa foi conduzida por agentes da Polícia Federal de sua casa até a Superintendência da Polícia Federal de Goiás, em Goiânia, para prestar esclarecimentos sobre a suposta tentativa de chantagem, que pode ser enquadrada como crime de corrupção ativa.
Segundo a Polícia Federal, ela teria procurado o juiz federal Alderico Rocha Santos na quinta-feira passada. Cachoeira é alvo de um processo na Justiça Federal de Goiás, em decorrência das investigações da Operação Monte Carlo. O juiz relatou ao Ministério Público que Andressa afirmou possuir um dossiê com informações desfavoráveis ao magistrado e ameaçou divulgá-lo caso ele não concordasse em revogar a prisão de Cachoeira.
A mulher de Cachoeira foi convocada a prestar esclarecimentos à CPI sob o argumento de que ela circula entre políticos, empresários e jornalistas e conheceria a rede de influência do contraventor.
Randolfe afirmou que as informações colhidas pela CPI encampam a tese de que Andressa atua na condução dos negócios ilegais da rede criminosa desde a prisão do marido pela Polícia Federal, em fevereiro.
Jornal do Senado
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