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sexta-feira, 20 de julho de 2012

CPI do Cachoeira estuda convocar mais 3 governadores

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), pode não ser o único a ter de dar explicações à CPI do Cachoeira após o recesso parlamentar de julho. Requerimentos para a convocação de outros três governadores aguardam votação da comissão parlamentar de inquérito mista que investiga as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos e empresas.
Um dos que podem ser chamados é Siqueira Campos (PSDB), governador do Tocantins. Três parlamentares apresentaram pedidos para ouvi-lo. O deputado Rubens Bueno (PPS-PR), por exemplo, quer que ele explique recente reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo mostrando que quase metade dos recursos financeiros recebidos pelo comitê do PSDB no estado na eleição de 2010 veio de empresários ligados a Cachoeira. Seriam R$ 4,3 milhões de um total declarado à Justiça Eleitoral de R$ 10,5 milhões.
De acordo com o requerimento de Rubens Bueno a ser analisado pela CPI, o maior doador para o PSDB no Tocantins, com R$ 3 milhões, foi o empresário Rossine Aires Guimarães, cuja convocação já foi aprovada pela comissão.
“Dono de uma construtora, ele é, conforme a PF, o principal parceiro de negócios de Cachoeira, ao lado de Cláudio Abreu, diretor regional da empreiteira Delta”, informa o deputado.
O deputado Filipe Pereira (PSC-RJ) propõe chamar o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB). Segundo o deputado, escutas da Polícia Federal demonstraram que Cachoeira tinha interesse em assumir o controle da loteria estadual. Além disso, informa o requerimento, a Delta mantém contrato de locação de viaturas para as polícias Civil e Militar.
Má qualidade
Pereira também é autor de um requerimento pedindo o depoimento do governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). O deputado argumenta que a Delta tem “milhões [de reais] em negócios em obras estaduais, federais e licitações de prestação de serviços” naquela unidade da Federação.
Ainda segundo o deputado, o Tribunal de Contas da União apontou três obras em rodovias estaduais com falhas que poderão ser questionadas por causa da má qualidade.
Apesar de já ter sido ouvido pela CPI em 12 de junho, o governador de Goiás, Marconi Perillo pode ter de voltar à comissão. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou novo requerimento para convocá-lo.
O pedido é baseado em reportagem da revista Época que denunciou que o governador recebeu propina para liberar pagamentos do governo do estado à empreiteira Delta.
O negócio, segundo a reportagem, ocorreu por meio da venda da antiga casa de Marconi onde Cachoeira foi preso pela Polícia Federal, em fevereiro.
Além de Marconi, a CPI ouviu também o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).
Na última quarta-feira, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou que o requerimento pode ser colocado em votação logo após o recesso parlamentar.
Segundo Vital, todos os requerimentos apresentados entrarão na pauta com a mesma prioridade.
A primeira reunião administrativa está prevista para 15 de agosto, mas o presidente informou que tentará marcar uma data na primeira semana, provavelmente no dia 2.
Jornal do Senado

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