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sábado, 7 de julho de 2012

Dilma enfrenta protestos de estudantes e servidores em inaugurações no Rio

A presidenta Dilma Rousseff enfrentou manifestações de estudantes e de servidores durante duas inaugurações na sexta-feira, no Rio de Janeiro. No primeiro dia da campanha eleitoral municipal em todo o país, Dilma esteve o tempo todo acompanhada pelo prefeito Eduardo Paes, peemedebista candidato à reeleição com o petista Adilson Pires como candidato a vice-prefeito; e do governador do estado, Sérgio Cabral Filho, também do PMDB.

Rodrigo Otávio - Carta Maior

A presidenta Dilma Rousseff enfrentou manifestações de estudantes e de servidores públicos durante duas inaugurações na sexta-feira (6), no Rio de Janeiro. Pela manhã, a presidenta entregou as primeiras 281 unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, em Triagem, na Zona Norte da Cidade. À tarde, a presidenta esteve no hospital municipal Miguel Couto, no Leblon, Zona Sul do Rio, para inaugurar a nova unidade de emergência do local. No primeiro dia da campanha eleitoral municipal em todo o país, Dilma esteve o tempo todo acompanhada pelo prefeito carioca, Eduardo Paes, peemedebista candidato à reeleição com o petista Adilson Pires como candidato a vice-prefeito; e do governador do estado, Sérgio Cabral Filho, também do PMDB.

Em Triagem, a cerimônia transcorria normalmente, com justificada dose de emoção das vítimas das enchentes de 2010, ou de ex-moradores de áreas de risco, escolhidas para receberem suas chaves de casa das mãos das autoridades, até o discurso da presidenta começar. Em sincronia cinematográfica, cerca de 30 estudantes se aproximaram do local da cerimônia e dividiram a audiência de Dilma.

“Não, não, não. Não à repressão!!! 10% do PIB para a educação!!!”, gritavam os estudantes, já em conflito com seguranças do evento, enquanto Dilma aumentava a voz e todos os olhos das autoridades e da plateia viravam para o empurra-empurra entre estudantes e seguranças. A presidenta respirou fundo, olhou para o protesto e ameaçou parar o discurso. Foi salva pelo ainda maior patrimônio petista: as vozes populares da plateia de contemplados pelo programa e moradores da região subiram o tom em “Dilma! Dilma! Dilma!” e fizeram a presidenta continuar sua fala, sobrando para os estudantes o retorno ao papel de coadjuvantes.

“Ninguém aqui é contra o evento. A gente acha boa a iniciativa da distribuição de casas. Mas a gente veio aqui de forma democrática nos manifestarmos a favor dos 10% do PIB para a educação que os deputados aprovaram na Câmara. Ontem (quinta-feira) o governo se pronunciou dizendo que iria lutar para barrar os 10% do PIB. O Guido Mantega (ministro da Fazenda) disse que não era algo responsável para a economia, a gente compreende que é e viemos aqui de forma pacífica levantar nossos cartazes e reivindicar 10% do PIB para a educação. Os seguranças agiram de forma truculenta. Deram um soco no nariz de uma menina e no olho de um estudante de Direito da UFRJ, o Leonardo”, disse Igor Mayworm, presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), à Carta Maior, a poucos passos de um rapaz com o rosto inchado e os olhos avermelhados.

Após evitar a imprensa e sair rapidamente do complexo residencial de 155 mil metros quadrados, que abriga prédios não padronizados com apartamentos de 42 metros quadrados e dois quartos, a presidenta rumou para o hospital Miguel Couto, onde em visita relâmpago descerrou a placa de inauguração da nova Coordenação de Emergência Regional, unidade vizinha ao prédio principal do hospital que contará com 57 leitos, 34 deles de UTI.

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