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sábado, 25 de agosto de 2012

Amanda Gurgel diz que salário de vereadora não irá para seu bolso


Matéria do Portal Jornal de Hoje*
Formada em letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a professora Amanda Gurgel, que se notabilizou numa Audiência Pública na Assembleia Legislativa, quando questionou deputados estaduais e responsabilizou os políticos pela má qualidade da educação brasileira, decidiu entrar na vida pública disputando mandato de vereadora, após um longo período fazendo política estudantil. Ela disse que não pretendia ser candidata, mas após o vídeo mostrando sua participação no debate com os deputados, que inclusive teve repercussão nacional, apareceu a oportunidade e decidiu enfrentar o desafio. “Tenho a consciência que tudo na vida é definido através da política e eu sempre quis contribuir para as mudanças. Além disso, existe um apelo para que eu represente o PSTU”, ressaltou.

Amanda Gurgel pretende ser um instrumento de mudança por entender que a política tradicional “representa um fardo”, inclusive para a educação. Ela diz que “deputados e vereadores não legislam com base nos anseios da população, mas de interesses pessoais, de grupos e corporações que patrocinam suas eleições”. Amanda Gurgel lembra que o salário de um vereador paga quase 13 professores e que se eleita destinará os subsídios para as lutas sociais. “Não quero ser vereadora que muda e passa a usar roupas de grife e carrões. O salário de vereadora não entrará no meu bolso. Será usado para as lutas dos trabalhadores”, disse ela, acrescentando: “O PSTU é um partido revolucionário e não acredita em mudança no atual sistema, mas primeiramente tem que haver uma mudança de consciência. As pessoas têm que se mover, reivindicar, lutar. Na condição de vereadora, quero acompanhar a construção de espigões e os aumentos das tarifas de ônibus, por exemplo. Seremos a voz e o olhar dos trabalhadores”, observa a professora.

PROPOSTAS

Entre as propostas da professora Amanda Gurgel estão destinação de 30 por cento do orçamento municipal para a educação, garantindo escolas e creches em tempo integral, desprivatização da saúde municipal com reequipamento imediato de hospitais e postos de saúde, criação de uma empresa municipal de transportes para acabar com o monopólio das empresas privadas, além da defesa de um plano para completar o esgotamento sanitário da cidade de Natal e outro de preservação do meio ambiente com proteção para as dunas, manguezais, vila de pescadores e artesãos. Mais: arborização e transformação de todas as praças e bosques e nenhum hotel a mais na Via Costeira.

Candidaturas

Instigada a comentar sobre o perfil de cada candidato a prefeito de Natal nas eleições deste ano, a professora Amanda Gurgel, candidata a vereadora pelo PSTU, declarou o seguinte. Carlos Eduardo (PDT): “É o favorito no momento, não porque fez uma boa gestão, mas porque a atual administração é caótica. Não vejo Carlos Eduardo como uma boa alternativa para governar Natal nos próximos 4 anos”.  Hermano Morais (PMDB): “Pertence a um partido que nacional e historicamente tem feito alianças oportunistas. O PMDB não tem componente ideológico e é praticamente da velha política de troca de favores e benefícios”. Rogério Marinho (PSDB): “Está numa aliança com dois partidos que representam tudo de mais nefasto com relação aos trabalhadores brasileiros. Primeiro, o DEM, que é intransigente, autoritário e indiferente às demandas da população. Segundo, o PSDB que é o partido da privatização da saúde”.

Fernando Mineiro (PT): “Hoje o PT faz parte de um governo que desenvolve políticas assistencialistas e por isso consegue a simpatia da população menos favorecida, mas na prática dar continuidade as privatizações iniciadas no governo Fernando Henrique Cardoso. Mantém a mesma política econômica de interesses e de benefícios a banqueiros e empresários. Prova disso, é como o governo tem atuado nas greves dos servidores federais, criminalizando o movimento e tentando segregar as categorias, oferecendo maiores benefícios a uns e irrisórios a outros. Quero ter clareza sobre o que Fernando Mineiro pensa sobre a construção de hotéis na Via Costeira, por exemplo, que hoje tem servido apenas para lucros dos hoteleiros e não atende à população que poderia usufruir das suas belezas naturais”.

Robério Paulino (PSOL): “É o nome que a Frente Ampla de Esquerda, formada por PSOL, PSTU e movimentos populares apresenta à população. Ele constroi um partido de esquerda que é uma alternativa para os trabalhadores de Natal romperem com a velha política. Defende que a Via Costeira seja um bem público utilizado pela população”. Roberto Lopes (PCB): “Pertence a um partido de esquerda que está em construção. Mantivemos um diálogo com ele, mas não foi possível firmarmos uma aliança”.

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