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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Parlamentares querem que CPI do Cachoeira quebre sigilo de empresas


Integrantes da CPI do Cachoeira estão pressionando o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para aprovar novos requerimentos de quebra de sigilo de empresas supostamente envolvidas no esquema do contraventor.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) reivindica o acesso a dados bancários, telefônicos e fiscais de pessoas jurídicas que, segundo ele, receberam milhões por meio da construtora Delta.
— Nossa assessoria técnica revela que já há um repasse de mais de R$ 413 milhões da empreiteira Delta para essas empresas supostamente organizadas para o desvio de recursos, que são públicos, com origem nos cofres da União, de estados e municípios. Portanto, é essencial para o trabalho desta CPI que os sigilos bancário, fiscal e de dados destas pessoas jurídicas sejam quebrados — defendeu o senador em reunião da CPI na quarta-feira.
O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) alertou para a existência de 18 empresas consideradas fantasmas e apresentou um ranking das maiores beneficiadas pela Delta: SP Terraplanagem Ltda, com R$ 45,4 milhões; Power Engenharia, R$ 43,1 milhões; a JSMS Engenharia e Terraplanagem, R$ 39 milhões; Soterra Terraplanagem, R$ 36 milhões; SM Terraplanagem, R$ 35 ­milhões; e MPB Serviços, R$ 30 milhões.
— É estarrecedor. São R$ 413 milhões repassados a empresas que receberam dinheiro, simulação de prestações de serviços e entregas de bens. O grupo continua articulado e o próximo desafio, tanto para a comissão quanto para o Ministério Público, será identificar o braço financeiro da organização a partir de possíveis fraudes em licitações — afirmou.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Rubens Bueno (PPS-PR) também defendem uma reunião para avaliar os pedidos.
Diante da pressão, o presidente da CPI disse que conversará com o relator, Odair Cunha (PT-MG), sobre o exame dos requerimentos na terça-feira. Para esse dia, também estão marcados os depoimentos do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot e do empresário Adir Assad.
Jornal do Senado

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