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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Subida do Ideb não significa melhor qualidade de ensino, diz especialista


O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011, divulgado na última terça-feira (14), coloca em discussão o modelo educacional brasileiro e reacende o debate sobre a necessidade de investimento público no setor.  Os dados apontam pequena melhora no desempenho dos alunos nos primeiros anos do ensino fundamental, mas praticamente não obteve avanços no ensino médio.

Entre os anos de 2009 e 2011, o Ideb da 4ª série (5º ano) subiu 0,4 ponto, passando de 4,6 para 5,0. Já os alunos dos últimos anos do ensino fundamental - 8ª série (9º ano) – tiveram 4,1 pontos em 2011, o que representa crescimento 0,2 pontos. No ensino médio, o indicador subiu apenas 0,1 ponto, passando para 3,7.

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, destaca que a ligeira alta na pontuação não significa melhor qualidade de ensino.

“Não que a gente já esteja em um nível bom, mas a gente está melhorando a largada, que é a alfabetização, e perde o fôlego nos anos finais e no ensino médio. E o Ideb é um índice que é muito sensível ao fluxo, que é a correlação idade/série. É o quanto que o aluno na idade certa consegue avançar em termos de anos da educação.”

Daniel ainda comenta a fala do ministro da Educação, Aloisio Mercadante, que apontou a educação em tempo integral como uma “grande resposta” para melhorar a qualidade do ensino.

“Não adianta o Ministério da Educação apostar na educação integral e defendendo 5% do PIB para a educação. A educação integral na Europa, nos Estados Unidos e, especialmente, nos países asiáticos tem significado pelo menos o dobro ou 110%, 115% de investimento a mais por aluno ao ano.”

O Ideb é calculado com base em taxas de aprovação e desempenho dos estudantes na Prova Brasil.

De São Paulo, da Radioagência NP, Daniele Silveira.

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