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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Deputados repercutem denúncia contra ex-presidente Lula

A segunda-feira na Câmara dos deputados foi marcada pela repercussão de uma Reportagem publicada pela revista VEJA, em que o publicitário Marcos Valério acusa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter sido o “chefe” do suposto esquema do mensalão, julgado agora pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Valério é acusado de ser um dos principais operadores do esquema.


O deputado Luiz Couto (PB), em nome da liderança do PT, repudiou a reportagem, considerada por ele como “leviana”, e cobrou a ida de “pessoas ligadas à revista Veja” à comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) sobre as relações de agentes públicos e privados com o contraventor Carlos Cachoeira.

Na CPMI, há requerimentos convocando o diretor da sucursal da Veja em Brasília, Policarpo Junior, que ainda não foram votados. “Este é o momento para que eles [representantes da Veja] venham à CPMI falar o que sabem”, cobrou Luiz Couto.

Couto afirmou que, em toda a sua gestão de oito anos na Presidência, Lula combateu ferozmente a corrupção: "Basta verificar as ações da Controladoria-Geral da União, da Polícia Federal, e o fato de não se impedir que CPIs fossem instaladas aqui. Lula sempre respeitou o Ministério Público no seu poder de investigação, mostrando que aqueles que de fato forem culpados deverão pagar por isso."

A deputada Erika Kokay (PT-DF) também defendeu o ex-presidente, a quem chamou de “pessoa que mais sofreu ataques no Brasil”. Segundo ela, as acusações têm o “cheiro de uma elite que não se conforma que um presidente operário tenha feito o País sair da condição de subalternizado” em nível internacional. “A elite não se acostuma a dividir os aviões, bancos escolares e estacionamentos deste País com a população de baixa renda”, declarou.

Preocupação
O presidente do PSDB, deputado Sergio Guerra (PE), disse que a reportagem é um motivo de muita preocupação e pediu o rápido esclarecimento do caso. “Não vamos fazer prejulgamento, mas o que não dá para fazer é apenas silenciar diante de um episódio como este, em vez de esclarecê-lo”, disse Guerra.

Segundo ele, “o governo federal, o ex-presidente e todos os que o cercam estão na obrigação de deixar tudo claro o quanto antes”, pois “a impunidade não pode existir para ninguém, nem para o ex-presidente da República”.

O deputado Camilo Cola (PMDB-ES) comentou o julgamento, pelo STF, do caso do suposto mensalão. “O Brasil assiste aliviado à atuação dos ministros do Supremo. As sentenças condenatórias são um alento a brasileiros acostumados a décadas de impunidade. Não importa se o dinheiro desviado dos cofres públicos foi usado em campanhas políticas ou para manter uma suposta liderança no Congresso. O que salta aos olhos, com provas inequívocas, é que partidos políticos perderam sua verdadeira função: a de servir ao povo”, avaliou.

Matéria da Agência Câmara - adaptado

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