A essência do capitalismo: Lucro e crise - Blog A CRÍTICA

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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A essência do capitalismo: Lucro e crise

A luta contra o capitalismo arrogante e imperialista terá que ser o rumo tomado pela humanidade neste século. Viver em um mundo dominado pelo consumismo e pela massiva concentração de renda, 1% dos ricos do mundo detém 40% do patrimônio mundial e 1 em cada 7 habitantes do planeta vão dormir com fome, não reagir a isso seria aceitar a perpetuação do desequilíbrio entre povos e classes sociais, no capitalismo egoísta burguês não há possibilidade de existir uma sociedade humanamente livre e justa.

Nas duas últimas décadas as "forças" manipuladoras dos meios de comunicação burgueses, latifúndios midiáticos, atuaram no sentido de manipular as massas, propagaram o comodismo na falsa ideia de que não há alternativa ao sistema no qual vivemos , abria-se com isso o espaço para que o interesse único do capital, o de se multiplicar, pudesse caminhar sossegadamente, apagou-se no seio da sociedade o senso da revolta , Como disse Bensaïd no livro Os Irredutíveis – teoremas a resistência para o tempo presente:“O discurso filosófico da pós-modernidade aparece como uma obra metódica de despolitização do social e de estetização da política. Sob o choque da compressão espácio-temporal ligada à acumulação globalizada do capital, o espaço público deteriora-se. As solidariedades desfazem-se na decomposição do “eu múltiplo” e nas subjetividades pulverizadas duma socialização em migalhas.” 1990 e 2000 foram décadas de intenso abatimento das organizações sociais e trabalhistas, o descrédito com o fazer política, interesssante para os interesses do capital, aprofundaram a estagnação social. As pessoas cometeram o erro de entregar para o Capital a tarefa de tomar as decisões políticas e sociais. O Capitalismo disfarça-se então de social, é como fez o governo do PT no Brasil com Lula e Dilma, não tocou em nada da burguesia, mas transferiu um mínimo da renda para alegrar os pobres. Como disse Engels A essência do socialismo burguês é querer manter a base de todos os males da sociedade atual e, ao mesmo tempo, abolir esses males. Os socialistas burgueses querem, conforme já diz o Manifesto Comunista, «remediar os males sociais para assegurar a existência da sociedade burguesa», querem «a burguesia sem o proletariado».

Um espectro de grandes manifestações rondam a Europa em 2012. Seria o ponto de partida do novo século? Tudo começou na crise desencadeada na “sexta-feira negra” de 15 de setembro de 2008, em ecorrência da decisão do Tesouro dos Estados Estudos da América de não socorrer o grupo Lehman Brothers  e o subseqüente pedido de concordata dessa empresa, tomou a forma de uma crise financeira mundial no centro dinâmico ocidental (EUA, UniãoEuropéia) do capitalismo (Gontijo e Oliveira, 2008). Começava aí o novo século. A Crise, o verdeiro nome do capital, fez com que milhares de cidadãos tomassem às ruas da Europa contra a austeridade, a austeridade significa a grosso modo aumento de impostos e cortes orçamentários, ou seja quem paga o preço é o trabalhador, arrocho salarial, desemprego em massa, serviços estatais suspensos.

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