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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Leréia admite amizade e troca de favores com Cachoeira

O deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) prestou depoimento à CPMI do Cachoeira na Terça-feira (09), onde, confirmou ser amigo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, desde a década de 1980, e disse ter trocado favores com ele, o que considera uma “prática comum”. No entanto, negou ter conhecimento sobre os negócios ilegais do empresário, acusado de comandar uma organização criminosa.

— Fazer favor para os outros e receber favor deles faz parte do meu cotidiano e do meu meio de vida — afirmou.

Entre os favores confirmados pelo deputado, estão nomeações a pedido de Cachoeira e orientações para a obtenção de visto para os Estados Unidos.

Cachoeira, por outro lado, teria emprestado a Leréia dinheiro e um rádio Nextel que teria sido usado em viagem do deputado aos Estados Unidos.

Os deputados Íris de Araújo (PMDB-GO) e Dr. Rosinha (PT-PR) consideraram improvável que o depoente não soubesse das atividades irregulares de Cachoeira. Leréia disse que via os ganhos de Cachoeira como provenientes da exploração de jogos legais em Goiás e do laboratório farmacêutico de que era dono e, por isso, não suspeitava dos “erros” dele.

— Não é minha função denunciar banca de jogo — disse.

Leréia afirmou ainda ter se encontrado várias vezes com Cachoeira na sede da empreiteira Delta. Disse que achava normal a presença dele na construtora, “pois Cachoeira era bem relacionado”.

O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), informou que gravações da Polícia Federal indicam o recebimento de dinheiro de Cachoeira pelo deputado. Na versão de Leréia, o amigo lhe fez um empréstimo parcelado de R$ 120 mil para saldar um financiamento rural. O valor seria pago quando recursos do deputado bloqueados pela Justiça fossem liberados, o que ainda não ocorreu. Ele garantiu ter declarado o empréstimo no Imposto de Renda. Leréia afirmou que Cachoeira intermediou outro empréstimo, com um empresário de Anápolis (GO), no valor de R$ 200 mil, já pago pelo deputado.

O depoente negou ter beneficiado empresas de Cachoeira com emendas parlamentares. Outra suspeita que paira sobre Leréia é de que ele teria avisado Cachoeira sobre uma operação policial. Segundo Leréia, na ocasião ele soubera de uma ameaça contra sua vida, ligou para o amigo para pedir ajuda, e a ligação foi grampeada.

Informações: Agência Senado

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