A usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, registra mais uma vez problemas com os trabalhadores. Nesta segunda-feira (12), os cerca de 8 mil operários paralisaram os serviços nos canteiros de obras. Eles reivindicam mudanças nas regras da folga para visitar as famílias (baixada), aumento do vale alimentação e equiparação e reajuste salarial.
Sobre as folgas, os trabalhadores querem diminuir o prazo de liberação para visitas às famílias de seis para cada três meses, como ocorre em outras obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Eles também denunciam que só têm direito às baixadas os profissionais como pedreiros, carpinteiros e motoristas, ficando excluídos os ajudantes e serventes.
Eles também pedem que o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) dê um reajuste salarial superior ao índice da inflação do país. Segundo a categoria, em função da obra, os preços na cidade de Altamira tiveram um grande aumento, com inflação de 30% este ano.
Os protestos iniciaram na última sexta-feira (9), com galpões e máquinas incendiados e bloqueio de rodovia. Trabalhadores relatam que a Polícia Militar e a Força Nacional de Segurança foram acionadas e que alguns operários já foram presos.
Desde novembro de 2011 os operários da usina de Belo Monte realizam greves por melhores condições de trabalho e salários.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.
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