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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Presidente egípcio promulgou nova Constituição


O Presidente egípcio, Mohamed Morsi, promulgou esta quarta-feira a nova Constituição, aprovada em referendo por 63,8 por cento dos egípcios, um sufrágio cuja taxa de participação foi apenas de 33 por cento.
Presidente egípcio promulgou nova Constituição
Os Estados Unidos, que enviam anualmente para o exército egípcio cerca de 1,3 mil milhões de dólares (cerca de 930 milhões de euros), pediram a Morsi que tente aproximar posições com a oposição, maioritariamente laica.
A câmara alta do parlamento egípcio, dominada pelos islamitas, reuniu-se também esta quarta-feira para dar posse aos 90 nomes apontados por Morsi, esperando-se que aprove a lei que vai permitir realizar eleições para a câmara baixa.
A coligação opositora Frente de Salvação Nacional anunciou que vai candidatar-se à câmara baixa, que ao abrigo da nova Constituição tem poderes e competências para limitar a ação do Presidente. Khaled Dawoud, porta-voz da coligação, disse que as forças opositoras reunidas na Frente vão "trabalhar juntas para entrar na eleição" e vão contestar legalmente o referendo por considerarem que a votação foi fraudulenta.
Os apoiantes da Frente de Salvação Nacional têm-se manifestado, desde o final de novembro, contra a Constituição, tendo-se registado confrontos violentos com apoiantes do Presidente Morsi.
A comissão nacional eleitoral anunciou na terça-feira à noite que 64 por cento dos eleitores que participaram nas duas voltas do referendo - a 15 e 22 de dezembro - apoiaram a nova lei fundamental. Segundo a comissão, a taxa de participação foi de 33 por cento.
Cristãos e liberais boicotaram o processo constitucional em protesto por disposições que consideram que enfraquecem os direitos humanos, especialmente os das mulheres, e abrem caminho a uma aplicação fundamentalista da lei islâmica.
Os Estados Unidos, que enviam anualmente para o exército egípcio cerca de 1,3 mil milhões de dólares (cerca de 930 milhões de euros), pediram a Morsi que tente aproximar posições com a oposição, maioritariamente laica.
A economia egípcia encontra-se bastante enfraquecida, devido também à crise política que atravessa o país desde a revolução em 2010. O diário estatal Al-Ahram escreveu esta manhã que há "medo nas ruas egípcias" e a Standard & Poor's baixou a notação do Egito para "B-".
Um empréstimo do Fundo Monetário Internacional de 4,8 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros), previsto para ainda este mês ou janeiro, não deverá ser desbloqueado antes de o novo parlamento tomar posse, em março.
A instabilidade social no Egito também limita a margem do Presidente para aplicar medidas de austeridade exigidas pelo FMI, como o aumento dos impostos e o corte de subsídios.
Esquerda.net

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