Reforma agrária pode ter seu pior índice pelo segundo ano consecutivo - Blog A CRÍTICA

"Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados." (Millôr Fernandes)

Últimas

Post Top Ad

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Reforma agrária pode ter seu pior índice pelo segundo ano consecutivo


O ano de 2012 pode ser ainda pior para os movimentos sociais que lutam pela reforma agrária no Brasil. O ano passado já foi emblemático por ter sido o pior dos últimos 16 anos em relação à distribuição de terras. No período foram assentadas pouco mais de 21 mil famílias, segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
No entanto, os novos dados do mesmo órgão indicam que de janeiro a novembro deste ano, somente 10.815 famílias foram assentadas.
Para Marina dos Santos, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), esse é um número irrisório, diante da realidade tão complexa que há no Brasil, com altíssimo nível de concentração de terra.
“Por um lado, esse é um número que reflete o aumento da concentração da terra no Brasil e da desnacionalização da terra, juntamente com os bens naturais. Por outro lado, o governo prioriza o grande latifúndio e a produção de poucos produtos para a exportação; em detrimento do fortalecimento da agricultura familiar camponesa e da realização da reforma agrária.”
Para Marina, a realização da reforma agrária e o investimento nas áreas dos assentamentos são políticas fundamentais para superar a miséria do país. Essas medidas beneficiariam tanto a população que vive no interior como quem mora nas cidades, por meio da geração de emprego, crescimento do mercado local e produção de alimentos mais farta, barata e com maior qualidade.
“Cresce o papel dos movimentos sociais, que é o de fazer pressão aos governos, para que cumpram com sua responsabilidade, que é de penalizar o latifúndio improdutivo e realizar a reforma agrária no país.”
Matéria de Luiz Felipe Albuquerque para a Rádio Agência NP
A reforma agrária diminui a cada ano exclusivamente por que a opção que o governo fez para o campo foi pelo agronegócio. O agronegócio é a locomotiva que movimenta  o modelo econômico adotado pelo governo federal, responde por um em cada três reais gerados no país.Também é responsável por cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB), 42% das exportações. Números surpreendentes, mas apenas para a burguesia agrária e sustentação para as obras do governo, em contraste com a expulsão do pequeno produtor do campo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Bottom Ad

Pages