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segunda-feira, 4 de março de 2013

HIV/sida: Médicos conseguem curar bebé infetado


Pela primeira vez, um bebé infetado com o vírus da sida ficou curado, anunciaram neste domingo médicos norte-americanos. Caso foi apresentado na 20ª Conferência Anual de Retrovírus e Infeções Oportunistas, em Atlanta, Estados Unidos.
ESQUERDA.NET
Novos estudos estão a ser equacionados para aferir se tratamentos precoces e agressivos, como os da criança do Mississipi, funcionam noutros bebés infetados.
Novos estudos estão a ser equacionados para aferir se tratamentos precoces e agressivos, como os da criança do Mississipi, funcionam noutros bebés infetados.
Trata-se do primeiro caso de uma "cura funcional", de uma criança contaminada à nascença com o VIH, transmitido pela mãe seropositiva, que desconhecia estar infetada durante a gravidez.
Para os virologistas, não se trata da erradicação do vírus, mas sim do seu enfraquecimento, de tal maneira que o sistema imunitário da criança pôde controlá-lo sem antirretrovirais.
A apresentação do caso foi feita na 20.ª Conferência Anual de Retrovírus e Infeções Oportunistas, em Atlanta, Estados Unidos, segundo a agência France Presse.
O bebé, natural do Estado rural do Mississipi, começou a ser tratado com antirretrovirais cerca de 30 horas após o seu nascimento, um método pouco habitual.
A terapêutica usada, mais agressiva e precoce, poderá explicar a cura funcional da criança, ao bloquear a formação de reservatórios virais difíceis de tratar, de acordo com os médicos.
As células contaminadas "dormentes" relançam a infeção na maior parte das pessoas seropositivas, em algumas semanas após a suspensão dos antirretrovirais.
Deborah Persaud, médica e professora associada no Centro Infantil Johns Hopkins, que liderou a investigação, assegura que a criança, com 2 anos e meio, esteve quase um ano sem medicação, período durante o qual não apresentou sinais do vírus ativo.
Segundo a especialista, principal autora do relatório clínico, a carga viral no sangue do bebé começou a baixar assim que começou a ser tratado.
Persaud e outros médicos garantem que a criança esteve realmente infetada com o VIH, ao responder positivo à presença do vírus no sangue em cinco testes, efetuados no primeiro mês de vida.
O bebé foi tratado com antirretrovirais até ter um ano e meio, idade a partir da qual os médicos perderam o seu rasto, durante dez meses. Ao longo deste período, a criança não recebeu qualquer terapêutica.
Os médicos fizeram, posteriormente, uma série de testes sanguíneos, sem detetar a presença do VIH no sangue do bebé.
De acordo com os virologistas, a supressão da carga viral do VIH, sem tratamento, é extremamente rara, sendo observada em menos de 0,5% dos casos de adultos infetados, cujo sistema imunitário impede a replicação do vírus e o torna clinicamente indetetável.
Novos estudos estão a ser equacionados para aferir se tratamentos precoces e agressivos, como os da criança do Mississipi, funcionam noutros bebés infetados.
Os tratamentos antirretrovirais na mãe permitem evitar a transmissão do vírus ao feto em 98% dos casos, segundo os especialistas.
A investigação foi financiada pelo Instituto Nacional de Saúde norte-americano (National Institutes of Health) e a Fundação Americana para a Investigação da Sida (American Foundation for AIDS Research).

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