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sábado, 2 de março de 2013

Portugueses vão às ruas pedir a Demissão do Governo

Em Portugal milhares de cidadãos estão nas ruas em protesto contra as políticas de austeridade impostas pela Troika. As manifestações foram organizadas pelo movimento em 15 de setembro de 2012, com a participação do maior sindicato de Portugal (CGTP) e os sindicatos de professores, a saúde do empregado, aposentadoria e os militares. 
Foto: Movimento "Que se lixe a troika"
Segundo a organização da manifestação “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!” mais de um milhão e meio de pessoas em todo o país exigiu a demissão do governo do PSD/CDS-PP. A adesão superou a da anterior manifestação de 15 de setembro. No Porto, 400 mil pessoas encheram as ruas. No final da manifestação de Lisboa foi lida uma moção de censura popular perante um "Terreiro do Povo" repleto de manifestantes.


No final da manifestação “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas” de Lisboa foi lida a Moção de Censura Popular na qual é demitido o governo:

“Esta Moção de Censura Popular expressa a vontade de um povo que quer tomar o presente e o futuro nas suas mãos. Em democracia, o povo é quem mais ordena. 

Os diferentes governos da troika não nos representam. Este governo não nos representa.

Este governo é ilegítimo. Foi eleito com base em promessas que não cumpriu. Prometeu que não subiria os impostos, mas aumentou-os até níveis insuportáveis. Garantiu que não extorquiria as pensões nem cortaria os subsídios de quem trabalha, mas não há dia em que não roube mais dinheiro aos trabalhadores e reformados. Jurou que não despediria funcionários públicos nem aumentaria o desemprego, mas a cada hora que passa há mais gente sem trabalho. 

Esta Moção de Censura é a expressão do isolamento do governo. Pode cozinhar leis e cortes com a banca e a sua maioria parlamentar. O Presidente da República até pode aprovar tudo, mesmo o que subverte a Constituição que jurou fazer cumprir. Mas este governo já não tem legitimidade. Tem contra si a população, que exige, como ponto de partida, a demissão do governo, o fim da austeridade e do domínio da troika sobre o povo, que é soberano. 

Que o povo tome a palavra! Porque o governo não pode e não consegue demitir o povo, mas o povo pode e consegue demitir o governo. Não há governo que sobreviva à oposição da população. 

Esta Moção de Censura Popular é o grito de um povo que exige participar. É a afirmação pública de uma crescente vontade do povo para tomar nas suas mãos a condução do país, derrubando um poder corrupto que se arrasta ao longo de vários governos.

No dia 2 de Março, por todo o país e em diversas cidades pelo mundo fora, sob o lema "Que se lixe a troika! O povo é quem mais ordena", o povo manifestou uma clara vontade de ruptura com as políticas impostas pela troika e levadas a cabo por este governo.

Basta! Obviamente, estão demitidos. Que o povo ordene!”



Os manifestantes gritavam: "Espanha, Grécia, Irlanda, Portugal, a nossa luta é internacional" 

De acordo com a Central Geral dos Trabalhadores portugueses, o nível atingido pela taxa de desemprego no 4º trimestre de 2012, de 16,9% s, prova a falha da política do Governo da Troika e a situação de miséria para onde quer atirar milhares de portugueses. Com esta taxa foi já ultrapassada a previsão de desemprego do Governo de 16,4% para 2013 e ainda haverá muitos despedimentos se não for posto termo a esta política.

Os jovens até aos 35 anos representam 46% do total dos desempregados, sendo de 40% a taxa de desemprego dos menores de 25 anos. Cresce também o desperdício de competências. Os diplomados desempregados têm um peso de 16% e uma a taxa de desemprego de 13,4%.

Tendo em conta estes dados, conjuntamente com os inativos disponíveis e indisponíveis, e o subemprego dos trabalhadores a tempo parcial, o desemprego real é já de cerca de 1 milhão 475 mil pessoas, tendo crescido 233 mil face ao mesmo trimestre de 2011. A taxa real de desemprego foi de 25,7% em termos globais e de 54,5% para os jovens até aos 25 anos.



As manifestações que sacodem o mundo são a prova que que o estado neoliberal está a dar seus últimos suspiros e que está claro, com o Capitalismo não há vida, cortar os gastos sociais para salvar o sistema financeiro, com essa política o povo quem paga a conta.

Com esquerda.net

Na Índia


Houve manifestos também na índia, a mobilização convocada pelo Partido Comunista da Índia Marxista sob o lema "Sangharsh Jatha Sandesh" (Março de Combate), será replicado em outras cidades.
Os indianos denunciam a política do governo em questões de segurança alimentar, o aumento dos preços, saúde, desemprego, corrupção desenfreada e direitos das mulheres.


Na segunda-feira, 4 de março outra mobilização terá início na cidade de Amritsar, enquanto outra coluna humana vai fazer o mesmo na sexta-feira 8 deste mês a partir do Mumbai ocidental.

Nos últimos 15 anos, mais de 290.000 trabalhadores agrícolas  cometieram suicídio na Índia como resultado da liberalização econômica.

Informações: LibreRed

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