Depois do fracasso neoliberal para onde vai a história? - Blog A CRÍTICA

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sábado, 11 de maio de 2013

Depois do fracasso neoliberal para onde vai a história?

Muito mudara desde os estudos elaborados por Marx e Engels no Século XIX acerca da luta de Classes,de forma que o: De pé, ó vitimas da fome! De pé, famélicos da terra! cantado no Hino da Internacional comunista, no padrão dos mais modernos países capitalistas e até no caso brasileiro, não deixa mais uma via de luta em aberto, apesar de que hoje estima-se que 1 bilhão de pessoas sejam afetados pela fome em todo o planeta.

Tentando disfarçar as condições muito precárias da classe trabalhadora o Capitalismo desenvolveu indústrias específicas para o luxo e a diversão. Atrelado a isso tem-se a dispersão de um padrão de vida através da poderosa Indústria cultural. 

Com a inserção da mulher no mercado de trabalho, como observara Hobsbawn, os filhos, antes mãos para o trabalho passar a ser um investimento em educação, lembra o autor ser comum filhos de 20 anos dedicando-se apenas aos estudos, uma educação produzida de forma a ser adequada ao sistema, nada de espírito crítico, muito mais sonho de uma vida melhor (Com consumo).

Tudo isso modifica as ações a serem tomadas pelos movimentos socialistas, como mobilizar novos coveiros do capitalismo, onde, não há espírito crítico e onde há um desejo muito forte de enquadramento no padrão de consumo mais elevado possível, e como ser internacionalista em um mundo mesmo onde a fome, as desigualdades sociais etc, as guerras etc., são muito presentes, mas mesmo assim as populações e governos  dos países mais pobres desejam alcançar o padrão do capitalismo central rico?

Com a crise global de 2008, descrédito com as políticas neoliberais, atingindo mais fortemente, exatamente, os países mais ricos, despertou uma onde de protestos e chamando a atenção para o poder cada vez mais forte do Capital Internacional, Noam Chomsky disse em entrevista que "O poder hoje está nas mãos das instituições financeiras e das multinacionais".

O Catedrático de Ciências Políticas e Sociais, Universidade Pompeu Fabra (Barcelona, Espanha) chama a atenção para o fato de que nos últimos anos mesmo nos países ricos acentua-se a concentração do poder nas mãos do capital financeiro e também cresce o descrédito da população para com as instituições.

"Uma das características da situação dos dois lados do Atlântico Norte foi o enorme crescimento das desigualdades, com uma grande concentração dos rendimentos e da propriedade, unida à grande deterioração das instituições democráticas, causada por esta concentração. As instituições políticas dos países estão muito influenciadas por poderes financeiros e económicos e pelos setores com maior riqueza, que induzem as intervenções públicas a favorecer os interesses destes poderes e setores à custa dos da maioria da população" (VICENÇ NAVARRO).

Observara Hobsbawn em A Era dos Extremos que nesses países as pessoas deixavam os assuntos políticos nas mãos de uma classe política, na América Latina ocorria o mesmo desde sempre só que reflexo da grande fragilidade política popular, ao mesmo tempo se perde a confiança nas instituições e há uma crise no estado social na Europa e acentua-se a miséria nos Estados Unidos (Em 1979, os 1% da população com maiores rendimentos (os super ricos) ganhavam 9% de todo o rendimento dos Estados Unidos. Em 2007, esta percentagem aumentou para 24%, a mais elevada registada desde 1920, quando se iniciou a Grande Depressão nos EUA). Isso pode ser um sinal de que está se abrindo um novo momento para fortes contestações ao capitalismo Mundial e aos regimes liberais burgueses? As pessoas acham mais importante  mudar o mundo ou consumir? Como seria um levante revolucionário em um mundo globalizado?

E a chamada democracia, quando ela passa cada vez mais a representar os interesses dos novos donos do mundo (instituições financeiras e das multinacionais) cairá no descrédito? 

O modelo que o mundo convencionou chamar de democracia, propaganda contra os programas socialistas, nunca fora definido como democracia por aquele que definiu a forma de governo liberal-burguês, Jean Jacques Rousseau formula na obra O Contrato social uma forma de governo dividida entre o poder soberano (os parlamentos) representando todo o povo e um governo que dividiu em três (democracia, aristocracia e monarquia), de forma que democracia seria um governo onde todos seriam o poder soberano e o governo ao mesmo tempo, então entre presidencialismo e o sistema britânico a única diferença fica na eletividade do governo (presidente) no primeiro e da hereditariedade (rei) no segundo, sendo os dois governos monárquicos já que ocupados por um só homem, Rousseau formulava que havendo poder soberano (parlamento) haveria uma República; dizia que jamais haveria uma democracia, esse termo usado como única forma de governo aceita é o governo do mundo burguês que se autodenomina democracia exatamente por ser o termo "governo de todos"  sempre muito bem visto.

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