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domingo, 5 de maio de 2013

Israel ataca instalações militares sírias


No segundo ataque aéreo em poucos dias contra alvos militares na Síria, a aviação israelita atingiu as mesmas instalações que já havia bombardeado em janeiro. O governo sírio diz que se trata de uma "declaração de guerra" para levantar a moral dos rebeldes.
O ataque israelita teve luz verde dos Estados Unidos e vem trazer mais instabilidade à região.
O ataque deste sábado à noite teve como alvo o centro de investigação militar de Jamraya, nos arredores de Damasco. No domingo de manhã, um repórter da tv libanesa al-Manar ainda ouvia explosões no local, indicando que se poderia tratar de um depósito de armamento. A 30 de janeiro, este mesmo local tinha sido alvo de um ataque. 
No ataque de sexta-feira, os militares israelitas disseram ter como alvo os mísseis que supostamente teriam como destino a guerrilha do Hezbollah. O exército de Israel já reforçou a presença junto à fronteira com o Líbano, antecipando retaliações. E o ministro libanês dos Negócios Estrangeiros apelou à Liga Árabe para travar a escalada de violência na região, denunciando "o silêncio internacional árabe face às recorrentes agressões israelitas".
Para o ministro adjunto dos Negócios Estrangeiros da Síria, em declarações à CNN, os ataques de Israel são "uma declaração de guerra". E a televisão estatal afirma que este novo ataque "é uma tentativa de levantar o moral dos grupos terroristas que estão a cambalear após os ataques do nosso exército". A diplomacia síria enviou uma mensagem este domingo ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, denunciando o cenário de "destruição generalizada" no local e um número desconhecido de mortos e feridos.
Em apoio de Israel surgiram as diplomacias britânica e norte-americana. De Londres, William Hague afirmou que "Israel deixou bem claro que iria agir se acreditasse que sistemas de armamento importantes estariam a ser transferidos para o Hezbollah". Para o MNE britânico, "Israel vai agir para proteger a sua segurança nacional e há que respeitar isso". Hague pôs ainda a hipótese de levantar o embargo de armas à oposição síria à medida que se prolonga a guerra civil no país. 
Também o presidente norte-americano reagiu aos ataques israelitas no fim da sua visita de três dias a alguns países latino-americanos. "Os israelitas tâm razões para se defender contra a transferência de armamento avançado para organizações terroristas como o Hezbollah", disse Barack Obama à Telemundo na Costa Rica. 
Segundo os militares norte-americanos, os mísseis alvejados pela aviação israelita são de fabrico iraniano. A resposta de Teerão foi a de condenar o ataque e apelar à unidade de todo o mundo árabe contra as ameaças de Telavive. Para o ministro da Defesa iraniano, o ataque teve luz verde dos EUA e "desmascarou a ligação entre os terroristas mercenários e os seus apoiantes com o regime ocupante israelita". O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão anunciou que irá deslocar-se em breve à Jordânia para dar um novo impulso à busca de soluções políticas para o conflito sírio e quer que o Egito convoque reuniões urgentes do quarteto (Egito, Irão, Turquia e Arábia Saudita) constituído na cimeira de Meca em agosto passado com o mesmo objetivo.

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