Após cinco anos desde o último leilão, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) inicia nesta terça-feira (14) a 11ª Rodada de Licitações. Ao todo, serão oferecidos 289 blocos, que equivalem a 155,8 mil quilômetros quadrados, para exploração e produção de petróleo e gás natural no país, por até 35 anos.
Em frente ao Hotel Royal Tulip, local onde ocorre a rodada, no Rio de Janeiro (RJ), organizações sociais realizam um ato para que não ocorra o leilão. De acordo com o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Pablo Dias, centenas de pessoas participam da mobilização.
“A gente considera, na verdade, como um processo de privatização. A lógica, a construção e as regras do leilão impossibilitam e dificultam muito a participação da própria Petrobrás no leilão. E isso significa a entrega de 30 bilhões de barris de petróleo, e isso é mais do que a Petrobrás já explorou em toda a sua história.”
Entre companhias do Brasil e de outros países, 64 empresas estão habilitadas a participar do leilão, que termina na quarta-feira (15). Os blocos ofertados estão localizados em 11 estados brasileiros.
Pablo também defende que a exploração dos recursos seja 100% estatal.
“O modelo público ou o modelo estatal possibilita que o que é explorado do petróleo seja reinvestido tanto no próprio petróleo, no setor produtivo, mas principalmente em políticas sociais para o desenvolvimento geral do país.”
Na última segunda-feira (13), cerca de 600 integrantes de movimentos sociais do campo e sindicais ocuparam o Ministério de Minas e Energia, em Brasília. A ação protesta contra a Rodada de Licitações e a privatização de diversas barragens cujas concessões vencem até 2015.
De São Paulo, da Radioagência NP, Daniele Silveira.
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