"A imprensa é tão poderosa no seu papel de construção de imagem que pode fazer um criminoso parecer que ele é a vítima e fazer a vítima parecer que ela é o criminoso. Esta é a imprensa, uma imprensa irresponsável. Se você não for cuidadoso, os jornais terão você odiando as pessoas que estão sendo oprimidas e amando as pessoas que estão fazendo a opressão" (Malcolm X).
E eis que a notícia veiculada pela Rede Globo mostra claro intuito de tornar os indígenas como os responsáveis pelo acontecido. Reportagem exibida pelo Bom Dia Brasil iniciou-se mostrando armas apreendidas pela PF em posse dos índios, fazer do senso comum a imagem de violentos, e também que os indígenas fizeram a equipe da TV refém, apesar de mostrar os feridos e o assassinado a produção tem a capacidade de mostrar os fatos, para se dizer imparcial, e conseguir por nesse senso comum uma ideia acrítica.
Criminalizar qualquer movimento social no Brasil sempre que eles ocorrem é a tarefa primeira da grande mídia, neste caso ocorre o mesmo que com os protestos dos estudantes contra o aumento nas passagens de ônibus onde apresentadores de programas policiais até "ensinam" como deve ser feito um protesto.
A área ocupada pelos terenas havia sido declarada terra indígena pelo governo federal em 2010. No entanto, a homologação foi contestada na Justiça pelos "proprietários". A fazenda pertence a um ex-deputado estadual do PSDB, Ricardo Bacha e estava ocupada pelos terenas desde o dia 15 de maio. Segundo a Funai, 4.500 indígenas de nove aldeias vivem na região.
Os 3.500 Terena seguem na área retomada, alvo da reintegração de posse. Foram levados para a sede da Polícia Federal 15 indígenas presos durante a ação. A informação é baseada no levantamento dos próprios indígenas. Conforme o coordenador regional do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Flávio Vicente Machado a polícia iria liberar os presos depois de colher depoimentos.
Otoniel não quer consolo. “Deram um tiro no meu irmão que a bala varou o corpo. Destruiu tudo por dentro. Ele não teve chances de sobreviver”. O indígena afirma que a polícia não negociou: “Chegaram atirando. Pensamos que era arma com bala de borracha. A terra é algo comprovada como nossa. São bandidos. Tudo culpa desse fazendeiro Ricardo Bacha. Ele disse que ia morrer gente e a palavra foi cumprida. Quero Justiça. Polícia matou meu irmão que deixou dois filhos e uma esposa”, diz.
Com: CIMI
Os 3.500 Terena seguem na área retomada, alvo da reintegração de posse. Foram levados para a sede da Polícia Federal 15 indígenas presos durante a ação. A informação é baseada no levantamento dos próprios indígenas. Conforme o coordenador regional do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Flávio Vicente Machado a polícia iria liberar os presos depois de colher depoimentos.
Otoniel não quer consolo. “Deram um tiro no meu irmão que a bala varou o corpo. Destruiu tudo por dentro. Ele não teve chances de sobreviver”. O indígena afirma que a polícia não negociou: “Chegaram atirando. Pensamos que era arma com bala de borracha. A terra é algo comprovada como nossa. São bandidos. Tudo culpa desse fazendeiro Ricardo Bacha. Ele disse que ia morrer gente e a palavra foi cumprida. Quero Justiça. Polícia matou meu irmão que deixou dois filhos e uma esposa”, diz.
Com: CIMI
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