Esta segunda-feira (13) foi no Rio Grande do Norte o dia daquelas emissoras que exibem os mais sensacionalistas programas policiais comemorarem o sucesso de audiência, parece que pelo menos para elas a indústria caminha positivamente. Ou alguém acredita que p noticiário policial tem algum impacto no sentido de reduzir a violência social?
Audiência dos mais sensacionalistas:
Patrulha da Cidade – TV Ponta Negra – tinha 34 pontos e caiu para 31
Balanço Geral – TV Tropical – tinha 2 pontos e subiu para 14, crescendo 504%
Cidade Alerta RN – tinha 2 subiu para 11- crescimento de 415%
Se rendem tanta audiência esses programas evidentemente que não deixariam de ser os mais bem explorados midiaticamente. No Rio Grande do Norte onde houver pelo menos uma emissora de Rádio em qualquer município o principal programa será um programa policial, esse "conteúdo" está funcionando como um narcótico a colocar conceitos conservadores e contraideias que só vem a aumentar as proporções da tragédia social sobre a qual vivemos.
Pela histórica situação de monumental desigualdade e injustiça social que caracteriza o Brasil e mais acentuadamente os estados da Região Nordeste esse campo explorado pela indústria eletrônica só terá a crescer nos próximos anos, na medida em que a massa de "lixo humano" que a sociedade consumista for produzindo aumente.
"Faz parte das técnicas midiáticas, da era da espetacularização. Se a matéria não dramatizar não vende. O que vende é o sensacionalismo. A matéria é imediatista, articulada para a comoção e clamor social. Sensacionalista e que não retrata coerentemente o quadro de violência..." (Luiz Flávio Gomes)
O drama do noticiário policial se impregna dos abusos do catolicismo ainda muito presentes na consciência popular, e esta estado é uma tragédia, social, cultural e política, esta última é a mais danosa e causa de todas as outras, nos acostumamos a ser escravos de algumas oligarquias anacrônicas as verdadeiras responsáveis pela situação socialmente muito delicada, não mais por que esperar o dia de irmos às ruas para politicamente modificar todas essas estruturas. Não precisam de ídolos.
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