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domingo, 30 de junho de 2013

Egito: Manifestantes voltam a ocupar a Praça Tahrir este domingo

A Praça Tahrir, que, em janeiro de 2011, foi o epicentro da revoltacontra o presidente egípcio Hosni Mubarak volta a ser palco de protestos. Os manifestantes, que têm vindo a ocupar o espaço desde a noite de sábado, exigem a demissão de Mohammed Morsie a realização de eleições antecipadas. Este domingo celebra-se um ano de mandato do atual executivo egípcio.
Praça Tahrir. Foto de arquivo.
Os confrontos entre apoiantes de Mohammed Morsi e seus opositores reacenderam na passada sexta feira e, desde então, já causaram pelo menos três mortos e perto de centena e meia de feridos. Registaram-se manifestações em várias artérias do Cairo e também noutras localidades do país, como é o caso de Alexandria, onde a polícia de choque carregou sobre os manifestantes, disparando balas de borracha, e Sharquia, no norte do Egito.
A Irmandade Muçulmana acusa os promotores do movimento Tamarrod (rebelião) pelos distúrbios. Por sua vez, o Tamarrod condenou o derramamento de sangue de qualquer egípcio, independentemente da sua filiação política.
Este domingo, apoiantes de Morsi estão concentrados nas imediações da mesquita de Rabá al Audawiya e prevêem a realização de inúmeros comícios para assinalar o aniversário da tomada de posse do presidente, em julho de 2012.
Os opositores do regime convocaram, por sua vez, uma manifestação de protesto contra o presidente egípcio, que terá início na Praça Tahrir, onde já se começaram a juntar milhares de egípcios e onde foram montadas centenas de tendas. Os membros do Tamarrod também começaram a ocupar algumas posições em redor do palácio presidencial Ittihadiya, onde a polícia já erigiu vários muros de segurança.
O clima no país é de expetativa e de temor perante a possibilidade de uma escalada de violência no país, tendo o exército e o grande Imã de al Azhar alertado para o risco de uma guerra civil. Os militares adiantaram que intervirão, se necessário, para evitar uma situação de caos no país, e sublinharam que irão respeitar a vontade do povo.
A Frente de Salvação Nacional, que agrega vários grupos de opositores, exige a demissão do Presidente e a realização de eleições antecipadas. “Estamos confiantes na adesão do povo egípcio às manifestações pacíficas em todas as praças e ruas do país. Ainda vamos a tempo de corrigir o rumo e cumprir as aspirações da revolução de 25 de Janeiro [de 2011]”, afirma a coligação em comunicado.
Ainda que reconheça ter cometido alguns erros, Mohammed Morsi afirma que vai cumprir o seu mandato e acusa os opositores de criarem instabilidade no país, prejudicando a sua economia e o progresso do Egito.
Este sábado, o porta-voz da Tamarrod, Mahmoud Badr, afirmou, em conferência de imprensa, que o movimento já recolheu 22.134.465 assinaturas para a petição pela demissão do presidente.

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