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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Marcha evangélica reúne cerca de 40 mil em Brasília - Um delírio de uma humanidade alienada dela mesma

Evangélicos criticam gays durante marcha em Brasília Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

Ato organizado por entidades evangélicas reuniu ontem (quarta-feira 05) cerca de 40 mil pessoas em protesto contra aborto, o casamento gay, e um delírio contra a censura às religiões e à imprensa. Em entrevista ao Portal UOL, o organizador do evento, pastor Silas Malafaia, disse 'Minoria não vai calar maioria'.

"A maioria não pode calar uma maioria, isso é o Estado Democrático de Direito. Eu não quero privilégio para evangélico, mas também não quero privilégio para gay”, diz Silas. Ora, que maioria é essa, se nos calarmos para isso que chama de maioria nos tornaremos escravizados por conservadorismos que somente causam intolerância e com discurso de humanidade somente prejudicam os avanços na convivência social.

Impressionantemente as organizações religiosas do Brasil tem feito aflorar  delírios conservadores em nossa sociedade no momento em que não podemos mais nos render diante deles. Quanto a religião não favorecera os elitismos e a mentalidade de escravos nesse país; "A religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo" (Karl Marx). Efeito narcótico, é esse a avaliação perfeita para o crescimento de seitas evangélicas no Brasil que parecem não se distanciar de superarem o catolicismo da servidão, o que essas entidades evangélicas oferecem são exatamente efeitos narcóticos, uma consciência do homem alienada dele mesmo como diria Marx.

Como dizer que a maioria, como é de fato, deve suprimir qualquer pensamento divergente, pois não acreditamos que quando pregam o respeito à liberdade de expressão o defendam mesmo. A religião como absolutismo que não pode ser compatível com o respeito às diversidades, por isso esse atrelamento à política no Brasil, inclusive com bancadas religiosas, só têm a criar intolerâncias, como dizia Rosa Luxenburg: "Liberdade é sempre a Liberdade de quem pensa diferente". Pensar diferente é discutir temas que são entraves sociais. Que liberdade de imprensa fala Silas Malafaia? Essa que só manipula?

Nos discursos foram feitas críticas à decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em obrigar cartórios a reconhecer a união civil entre pessoas do mesmo sexo e celebrar o casamento homoafetivo. Casamento homoafetivo não é pensar diferente? E por quê não se aceita?

Um delírio tenta aliviar conflitos internos de uma humanidade que se aliena de si mesma, a humanidade comete profundas injustiças contra ela mesma.

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