"Ouro de tolo" - Blog A CRÍTICA

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domingo, 16 de junho de 2013

"Ouro de tolo"

Ligar um som a tocar Aviões do Forró e tomar cerveja à vontade torna-se um hábito que precisa ser repetido a todo instante, coloca-se no porta-malas do automóvel um som que seja potente o suficiente para se percebido, e como, dizer a quantidade de garrafas consumidas é sinal de status superior.

Carro personalizado com a marca da BBOM, passeata da telexfree, homenagens a uma oportunidade de conseguir muito dinheiro, não precisar mais trabalhar, ir para um bar contar como se torna poderoso.

"O trabalhador, durante seu tempo livre, deve se orientar pela unidade da produção. A tarefa que o esquematismo kantiano ainda atribuía aos sujeitos, a de, antecipadamente, referir a multiplicidade sensível aos conceitos fundamentais, é tomado do sujeito pela indústria" (Adorno e Horkheimer - Indústria Cultural e Sociedade).

As novelas precisam da Indústria de bebidas, mas a que interessam relações sociais que estimulem comportamentos que apreciem a boçalidade e que deixa a vida sabe-se lá como, parece que é um conservadorismo que gosta de trapacear.

Dizer que pegou cinco quando saiu escondido do (a) namorado (a) não passa-se pela ideia de rompimento com relações monogâmicas, se engana é por que usa a monogamia mas gosta de trapaceá-la, se diz que pegou cinco faz da pessoa humana um objeto qualquer.

"(...)a essência humana não é uma abstração inerente a cada indivíduo. Na sua realidade ela é o conjunto das relações sociais" (Karl Marx - 6 tese sobre Feuerbach)

Que relações sociais precisariam se alimentar desses comportamentos? Somente uma que se mantivesse saciada com a força de trabalho e com esses próprios comportamentos satisfizesse seus egoísmos. 

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