A privatização do setor público é o que está levando os turcos para as ruas, como na Europa os protestos são uma retaliação ao neoliberalismo.
A mídia tem mostrado o conflito na Turquia como concentrado em disputas Islamismo-laicismo ou autoritarismo-democracia, mas na verdade o que fez desatar mas essa onda de protesto começou em 2002 com a chegada ao poder de Recep Tayip Erdogan. Para superar uma profunda crise financeira vivenciada pela Turquia em 2001, Erdogan inicia um programa de corte neoliberal instruído pelo FMI passando pela Privatização do setor público e corte nos gastos sociais
Em 2011, o governo de Erdogan iniciou negociações para a privatização de 2 mil km de rodovias e pontes no país. Através da "Administração de Desestatização" (OIB por sua sigla em turco), Erdogan tenta retirar um pacote de privatização no país, incluindo têxteis, mineração, petróleo, alimentos e transporte, entre outros.
Diretrizes neoliberais aplicadas nos últimos anos levaram a um aumento da desigualdade social no país. Segundo a revista Forbes, Istambul, capital financeira da Turquia, tem um total de 35 bilionários em março 2008 (em comparação com 25 em 2007), o quarto no ranking mundial. Um relatório para empresas interessadas em investir na Turquia preparado pelo banco espanhol Banesto, disse que "o país está marcado por graves desigualdades de renda".
"A relação de dependência mútua entre o Estado e os cidadãos tem sido cancelado unilateralmente. Aos cidadãos não se tem pedido a sua opinião, por isso há manifestações nas ruas" ( Bauaman).
Com Libre Red
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