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sábado, 1 de junho de 2013

Protesto contra a austeridade juntou mais de cem cidades na Europa

Milhares de pessoas participaram nas manifestações "Povos Unidos Contra a Troika", a primeira iniciativa de convergência nas ruas do protesto europeu contra a austeridade. Em Portugal, a demissão do Governo foi outra das reivindicações dos manifestantes.
Esquerda.net
Manifestação em Lisboa: Mais de cem cidades europeias em protesto contra a troika
Lisboa, Madrid, Barcelona e Frankfurt foram as cidades onde o protesto se ouviu com mais força. Milhares de pessoas saíram às ruas para reclamar o fim da política de austeridade na Europa e da chantagem financeira sobre os cidadãos e exigindo mais democracia contra a ditadura dos mercados. Na cidade que acolhe a sede do Banco Central Europeu, a polícia atacou o cortejo da manifestação, dividindo-o e cercando uma parte dos manifestantes, o que deu origem a controntos e detenções. Uma exceção à regra das mais de cem cidades onde o protesto decorreu de forma pacífica.
Em Portugal, as manifestações juntaram milhares de pessoas em Lisboa e Porto e algumas centenas nas restantes dezoito cidades, com uma presença forte de reformados. A exigência da demissão do Governo foi unânime em todas as localidades onde o protesto ocorreu, quer nas palavras de ordem entoadas pelos manifestantes, quer nas intervenções das assembleias abertas nas concentrações, referindo também o apelo à participação na greve geral de 27 de junho.
Em Lisboa, um grupo de 20 turcos, na maioria estudantes do programa Erasmus, juntou-se à manifestação para expressar solidariedade com as vítimas da repressão policial em Istambul. Também Arménio Carlos, lider da CGTP, associou-se a esta iniciativa internacional de protesto contra a troika e pela demissão do Governo. Uma presença inesperada foi a de Mário Soares, que veio junto à sede do FMI para saudar os manifestantes.
Os coordenadores do Bloco de Esquerda estiveram presentes na manifestação de Lisboa, com Catarina Martins a destacar a dimensão europeia do protesto. "No momento em que na Europa se diz que os velhos não têm lugar e os jovens não têm futuro, é extraordinariamente importante esta responsabilidade cívica de cada um e cada uma, este movimento cidadão intenso em toda a Europa, que resgata as nossas vidas e diz não à destruição da economia e do emprego na Europa", disse a coordenadora bloquista aos jornalistas.
Madrid e Barcelona também juntaram milhares de pessoas nas manifestações "Povos Unidos Contra a Troika", um protesto que teve lugar noutras cidades do Estado espanhol. As críticas desta "Maré Cidadã" aos cortes da austeridade e ao resgate dos bancos juntaram sindicatos, associações e coletivos de luta contra os despejos ou de cidadãos burlados pelos bancos agora resgatados com dinheiros públicos. Em Madrid, os manifestantes cantaram a Grândola Vila Morena junto à representação da Comissão Europeia, uma música também entoada no protesto em Paris, convocado por iniciativa das delegações do Bloco de Esquerda, Syriza e Juventud Sin Futuro em França e apoiado por dezenas de coletivos e associações.

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