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quarta-feira, 10 de julho de 2013

FMI reviu em baixa as previsões de crescimento das principais economias mundias

Austeridade dita agravamento da recessão na zona euro

“A recessão na zona euro foi mais profunda do que o esperado porque a fraca procura, a confiança deprimida e os balanços frágeis interagiram, tornando ainda mais fortes os efeitos no crescimento e o impacto das condições orçamentais e financeiras muito restritivas”, avança o FMI.

O impacto das políticas de austeridade traduziram-se, segundo o Fundo, no agravamento da recessão na Zona Euro em 2013, que será de 0,6%, contra os 0,4% avançados em abril. Para o próximo ano, é prevista uma retoma de 0,9%, face aos 1% já anunciados.

Os três países que adquirem mais bens e serviços portugueses nos mercados internacionais - Espanha, Alemanha e França -, tendo contribuído para 47% das exportações nacionais em 2012, registam uma revisão em baixa das previsões do PIB.

Em Espanha a situação é particularmente preocupante. Para 2013 é mantida a previsão de uma contração de 1,6%. Já no que respeita a 2014, e ao contrário do que acontecia em abril, quando ainda era anunciado um crescimento de 0,7%, o FMI aponta agora para uma estagnação da economia espanhola. Na Alemanha, o crescimento será de 0,3% em 2013, contra os 0,6% estimados há três meses.

Ainda que não seja avançada qualquer projeção para Portugal, e tendo em conta que o regresso a uma taxa de crescimento em 2014 depende diretamente de um aumento das exportações, os dados agora anunciados pelo FMI deixam antever uma nova revisão das previsões da troika e do governo PSD/CDS-PP para o país.

As projeções oficiais antecipavam um crescimento das exportações de 0,8% em 2013 e de 4,4% em 2014.

Previsões para Brasil, Rússia e China são revistas em baixa


A projeção do FMI para o crescimento da economia mundial também sofreu uma revisão em baixa. É agora apontado um crescimento de 3,1%, 0,2% inferior ao avançado em abril. Para o próximo ano, o Fundo estima que a variação do PIB mundial atinja os 3,8%, contra os 4% já anunciados.

A China, o Brasil e a Rússia veem as suas projeções de crescimento decrescer significativamente. O crescimento passa a ser inferior a 8% na China, tanto em 2013 como em 2014. No Brasil, as previsões foram revistas em baixa em 0,5% e 0,8%, respetivamente, passando a ser de 2,5% este ano e de 3,2% em 2014. Na Rússia, espera-se que o crescimento do PIB seja inferior em 0,9% e 0,5% ao já anunciado, fixando-se em 2,5% em 2013 e em 3,3% no próximo ano.

Segundo adianta o jornal Público, o FMI justifica este decrescimento com o impacto da retirada de políticas monetárias mais expansionistas por parte da Reserva Federal norte americana e com o facto de estas economias já estarem muito próximas do seu potencial.

ESQUERDA.NET

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