"O racional é real. O real é racional."
Essa frase do filósofo alemão Hegel dividiu seus discípulos em uma direita e uma esquerda. A direita ficara com a parte final e justificava a racionalidade do regime vigente na Alemanha, a Monarquia, a esquerda ficou com a tarefa de fazer do racional o real.
Um dos representantes da esquerda neohegeliana, Ludwig Feuerbach, criou a teoria da alienação, demonstrando ser a religião uma consciência alienada da humanidade sobre si própria. Para Feurbach era necessário que a filosofia superasse a religião e voltasse a ser religião. Voltasse a ser religião não no sentido alienante, mas fazer do racional o real, uma qualidade modificadora da realidade.
Trazendo a teoria da alienação para a política Karl Marx vê a necessidade de acabar com a alienação existente entre o Estado e a Sociedade civil. A tomada de decisões necessitava ser feita não por um Estado Distante, mas pelos próprios cidadãos, Temos aqui o conceito de uma Democracia Direta como proporcionador do rompimento com a alienação entre sociedade civil e estado
Em seguida Marx abandona essa tese de Democracia Direta e coloca as questões das classes sociais, sempre o Estado seria uma Ditadura de setores poderosos da Sociedade Civil que conseguem capturar o poder do Estado. Daí em Diante Marx focara na questão da tomada do Poder pelo proletariado sem se preocupar com a forma pela qual o governo dessa classe seria exercido, cria-se a figura da Ditadura do Proletariado que sem significar uma ditadura no sentido pelo qual conhecemos, mas sim o governo do proletariado, porque como dissemos para Marx o Estado sempre seria uma Ditadura, sem importar a forma de governo.
Nos regimes ditos socialistas existentes predominou o modelo burocrático de centralização do poder criado na União Soviética, um Governo que como disse Rosa Luxemburgo torna a liberdade privilégio e que tornara-se em Ditaduras totalitárias, para Rosa o Governo Socialista devia ser uma Democracia distante da burocratização e da intolerância.
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