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segunda-feira, 15 de julho de 2013

MEDICINA CLASSE

O Brasil de baixo precisa alcançar o cume da cidadania.

Quem leu ou vier a ler Os Sertões de Euclides da Cunha verá a luta entre o Brasil inventado e o Brasil real, a mesma luta que vemos hoje nas periferias com a tortura da PM sobre pobres, a tortura de uma classe política super privilegiada e apartada sobre os que são usados como rebanho eleitoral, voto às avessas e por fim a luta do Brasil que saiu às ruas à procura de serviços públicos, essa luta ficou clara quando dois oligarcas do Rio Grande do Norte, estado onde vamos à escola em pau-de-arara, ou de pés, desfrutavam do passe-livre em Aviões públicos para o lazer no Maraca.

O Brasil de baixo quer educação e quer saúde , saúde é o tema de hoje, faltam médicos nas periferias e no interior, a profissão tem dono, não é feita pela razão do ofício e sim pelo título de doutor, ela é profissão de cima, e os de cima se apartam dos de baixo, lá no Sítio, interior do RN, não tinha médicos, certa feita o Presidente do Conselho de saúde de Caicó-RN me contara que se deslocava com uma médica para visitar a Zona Rural quando de repente ela não resistiu e obrigou o retorno para a cidade, aos que iam se oferecia café naquelas casas de taipa....

Falar de medicina no Rio Grande do Norte é lembrar dos médicos prefeitos, deputados, senadores; serviço público com favor.

Defender a vinda de médicos cubanos tem sido uma questão simbólica, Cuba é condenada devido o regime ditatorial em que convive, então tudo é depreciado, outro dia conversava com um jornalista cubana e lhe perguntava qual a maior diferença entre a medicina brasileira e a cubana, ele respondeu que era o fato de no Brasil os médicos não subirem às favelas, certamente via o elitismo da profissão, e a lição de Cuba merece sim ser observada, os resultados obtidos, deixando-se de lado o regime, merecem questionamentos, menor taxa de mortalidade infantil, por exemplo, são reflexos da popularização da medicina, é o que o Brasil precisa fazer.

A classe tem sido defendida por um Conselho corporativista, que somente se defende  e não autoanalisa a profissão médica no país.

Se a administração pública não funciona por que tem donos relaxados, sem pressa, reflete na precariedade da infra-estrutura de saúde pública, claro, isso atrapalha e muito, serviço público da péssima qualidade é fruto dessa segregação histórica. Aparecemos para recolher votos e desaparecemos, isso é triste nas caisas de taipa do sertão.

Já é hora de colocar o Brasil dentro do Brasil.

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