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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Objetivos do Milênio avançam mais do que o previsto e mais metas devem ser alcançadas até 2015, diz ONU

A ONU lançou hoje o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2013 onde destaca o alcance de algumas das metas colocadas para serem cumpridas até 2015. As oito metas foram acordadas por todos os países como uma consequência da Cúpula do Milênio das Nações Unidas, em 2000.

Com a melhoria de vida de milhões de pessoas através do cumprimento das metas de redução da pobreza, do aumento do acesso a água potável, da melhoria na qualidade de vida dos moradores de favelas e da conquista da paridade de gênero no ensino primário, o Relatório afirma que o progresso notável em outras áreas significa que mais metas dos ODM podem ser alcançadas até 2015.

Milhões de vidas salvas
De acordo com o Relatório, ganhos significativos têm sido obtidos na área da saúde. Entre 2000 e 2010, as taxas de mortalidade causadas pela malária caíram mais de 25% no mundo, e cerca de 1,1 milhão de mortes foram evitadas.

As taxas de mortalidade por tuberculose a nível global e em várias regiões poderão ser reduzidas pela metade até 2015, em comparação com os níveis de 1990. Entre 1995 e 2011, um total acumulado de 51 milhões de pacientes com tuberculose foram tratados com sucesso, salvando 20 milhões de vidas.

O Relatório observa que, enquanto as novas infecções pelo HIV estão em declínio, cerca de 34 milhões de pessoas viviam com HIV em 2011. No final de 2011, 8 milhões de pessoas estavam recebendo terapia antirretroviral para o HIV ou aids nas regiões em desenvolvimento e a meta dos ODM de acesso universal à terapia antirretroviral continua acessível até 2015 se as tendências atuais forem mantidas, afirma o Relatório.

A meta de reduzir pela metade a porcentagem de pessoas que sofrem de fome até 2015 está ao nosso alcance, diz o Relatório. A proporção de pessoas subnutridas no mundo diminuiu de 23% em 1990-1992 para 15% em 2010-2012.

É necessário acelerar
Em todo o mundo, a taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos caiu em 41% – de 87 mortes por mil nascidos vivos em 1990 para 51 em 2011, o que significa 14 mil mortes a menos de crianças por dia. Cada vez mais, as mortes de crianças se concentram nas regiões mais pobres; o primeiro mês de vida é o mais vulnerável.

Globalmente, a taxa de mortalidade materna diminuiu 47% ao longo das últimas duas décadas, de 400 para 210 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos entre 1990 e 2010. O Relatório observa, no entanto, que o cumprimento desta meta dos ODM – de redução dos números de 1990 em 3/4 – exigirá intervenções aceleradas e forte apoio de políticas para mulheres e crianças.

Entre 2000 e 2011, o número de crianças fora da escola caiu quase pela metade – de 102 para 57 milhões – mas o Relatório infere que a muitas crianças ainda é negado o direito à educação primária. De 1990 a 2011, 1,9 bilhão de pessoas ganharam acesso a instalações sanitárias, vasos sanitários ou outra melhoria nas instalações de saneamento, mas 2,5 bilhões ainda carecem de melhorias nesta área.

O Relatório também observa que a base de recursos do planeta está em sério declínio, com perdas contínuas de florestas, espécies e populações de peixes, em um mundo que já sofre os impactos das mudanças climáticas.

Progresso desigual
O Relatório recomenda que a atenção global precisa se concentrar sobre as disparidades. O progresso em direção aos oito ODM tem sido desigual não só entre regiões e países, mas também entre grupos populacionais internos.

As pessoas que vivem em situação de pobreza ou em áreas rurais permanecem em uma desvantagem injusta. Em 2011, apenas 53% dos nascimentos em áreas rurais foram assistidos por pessoal de saúde qualificado, em contraste com 84% nas áreas urbanas. Oitenta e três por cento da população sem acesso a fontes apropriadas de água potável vivem em comunidades rurais.

Ajuda financeira em queda para países mais pobres

O cumprimento dos Objetivos é prejudicado pela redução da ajuda financeira global e os países mais pobres são os mais afetados negativamente, afirma o Relatório. Em 2012, desembolsos líquidos de países desenvolvidos para países em desenvolvimento totalizaram 126 bilhões de dólares. Isso representa uma redução de 4% em termos reais em relação a 2011, que já foi 2% abaixo dos níveis de 2010.

A queda afetou mais severamente os países menos desenvolvidos. Em 2012, a assistência bilateral oficial ao desenvolvimento para esses países caiu 13%, em torno de 26 bilhões de dólares.

No entanto, o Relatório mostra que os encargos menores da dívida e um melhor acesso ao comércio estão beneficiando os países em desenvolvimento.

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